O primeiro saque da edição 2015/2016 da Superliga vai ser dado neste sábado (7), às 13h, em Campinas -com o time masculino da casa contra Maringá- e os últimos pontos que definirão os campeões serão feitos nos dias 3 -no feminino, que começa segunda (9), com Brasília x Valinhos- e 10 de abril de 2016.

Serão cinco meses da principal competição nacional de vôlei, com as finais antecipadas em cerca de um mês em razão dos Jogos Olímpicos.

Com essa mudança da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Zé Roberto e Bernardinho terão mais tempo, até agosto, para preparar as seleções em busca do tri.

"Ano olímpico é diferente, tem um cuidado maior. Já conversei com todas as jogadoras. Três meses não é um tempo tão grande, não dá para deixar ninguém em forma", diz Zé Roberto à Folha.

O técnico da seleção feminina, em busca do terceiro ouro seguido na Rio-2016, explica que a principal preocupação é com o preparo físico.

"Vamos convocar menos atletas, e a Superliga é importante para elas chegarem em boa forma no Rio", afirma.

Enquanto Zé Roberto dedica-se exclusivamente à seleção, Bernardinho continua à frente do time feminino do Rio, atual tricampeão da Superliga, além de comandar a equipe masculina nacional.

"Nós temos um sonho coletivo, que é ser campeão pela 11ª vez, e sonhos e metas individuais, de progressos, para que elas possam ou conquistem espaço na seleção ou se tornarem titulares ou estejam na Olimpíada. É uma ambição pessoal que a gente tenta, de alguma forma, dar ferramentas para que se torne realidade", explica Bernardinho, via assessoria de imprensa, à Folha.

Ele tem em mãos jogadoras como a Gabi, Natália, Monique, Juciely e Carol, que costumam frequentar as listas de Zé Roberto na seleção.

Mas, além da Superliga, ambos acompanham atletas nas ligas do exterior. Na seleção masculina que já teve a maioria fora do país, hoje são apenas cinco dos principais -Bruninho e Lucão (Itália), Vissotto e Evandro (Japão) e Maurício Borges (Turquia). "São experiências positivas, bons ambientes e terão a oportunidade de brigar por uma vaga na Olimpíada", diz.

Bernardinho conta que o auxiliar Rubinho e o preparador físico Renato Bacchi farão as viagens para acompanhar os atletas no exterior.

Na feminina, Sheila (na Turquia) e Fabíola (agora na Suíça) encabeçam a lista de destaques no exterior, já que Fê Garay ainda negocia a volta ao Brasil após ficar sem contrato na Rússia.

"Acredito que esse seja o ano com menos atletas fora do país. Mas é preocupante a Garay ainda não ter time. Sei que ela já está com contatos no Brasil, mas precisa encontrar uma equipe para treinar e jogar", diz Zé Roberto.

Um desses clubes, o Minas, busca patrocinador para contratar a atleta da seleção.

Em contato com a Folha, Garay disse que gostaria de jogar esta Superliga mas ainda não tem uma definição.

"Não acho que vá atrapalhar minha temporada. Tenho muita confiança de que essa situação vai se resolver. Logo estarei em quadra, aqui ou no exterior", afirma.

TIMES DA SUPERLIGA

FEMININA
- Rio de Janeiro (RJ)
- Osasco (SP)
- Sesi (SP)
- Pinheiros (SP)
- São Caetano (SP)
- São Bernardo (SP)
- Bauru (SP)
- Valinhos (SP)
- Minas (MG)
- Praia Clube (/MG)
- Brasília (DF)
- Rio do Sul (SC)

MASCULINA
- Cruzeiro (MG)
- Minas (MG)
- Montes Claros (MG)
- São José dos Campos (SP)
- Juiz de Fora (MG)
- Sesi (SP)
- Taubaté (SP)
- Campinas (SP)
- Maringá (PR)
- Canoas (RS)
- Voleisul (RS)
- Bento Vôlei (RS)

	Alexandre Arruda/CBV
	Equipes masculinas se apresentam no Rio de Janeiro para a disputa da Superliga 2015/2016