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    Parte do estádio de novo time da elite do Paulista desaba e deixa três feridos

    EDUARDO RODRIGUES
    DE SÃO PAULO
    BRUNO THADEU
    EMANUEL COLOMBARI
    LEANDRO CARNEIRO
    DO UOL

    07/11/2015 13h34

    Ameaçado de ser excluído do Campeonato Paulista do ano que vem por não ter um estádio com capacidade para 10 mil lugares, o Água Santa, clube de Diadema, teve um novo problema na manhã deste sábado (7).

    Parte do estádio José Batista Fernandes, que está sendo reformado para atender às normas da Federação Paulista de Futebol, desabou e deve atrasar ainda mais o término da obra, que tem previsão para ser entregue no dia 15 de dezembro. O estádio foi interditado por dez dias.

    Três pessoas, que trabalhavam na obra, ficaram feridas, com fraturas e escoriações, e foram levadas a hospitais da região. "Graças a Deus, não tivemos nenhuma vítima fatal", disse o presidente do clube, Paulo Farias.

    "A parte que caiu, onde irão ficar as cadeiras cativas, comportava 1.200 lugares. Vai ler um laudo da Defesa Civil para explicar o que aconteceu. A gente ainda não sabe", afirmou Farias.

    Com o incidente, dez casas foram interditadas e famílias foram levadas para um hotel. Segundo a prefeitura, as casas não correm risco de desabamento.

    O fato ocorreu dois dias depois de o clube, promovido este ano à elite do futebol paulista, enviar documentos para a FPF (Federação Paulista de Futebol) na tentativa de garantir sua inscrição na primeira divisão do Estadual em 2016.

    O documento enviado é assinado por dois engenheiros, Eduardo Forte Battagin e Tiago de Souza Luz, que afirmam que a obra tem capacidade para 10.179 espectadores.

    Apesar do acidente, Farias acredita que não haverá atrasos na obra, mas pediu "sensibilidade dos clubes". "Vamos conseguir reverter isso sim. Vamos colocar tubulares fixas, pois elas são rápidas para colocar e poderemos receber as grandes equipes. Ainda não fomos notificados [pela FPF] e esperamos a sensibilidade dos clubes e da própria federação", afirmou.

    Caso o Água Santa seja excluído da competição, o Mirassol, quinto colocado da segunda divisão em 2015, herdará a vaga e o Água Santa disputará novamente a Série A-2.

    Em nota oficial, a Federação Paulista de Futebol disse que "lamenta profundamente" o episódio e que "aguarda o posicionamento do clube e das autoridades sobre o estado de saúde das pessoas que trabalhavam no local".

    Segundo a Prefeitura de Diadema, dona do terreno, o desabamento da obra não vai atrapalhar a participação do Água Santa na primeira divisão do Paulista.

    "Infelizmente, teve essa catástrofe, como já houve nos estádios do Corinthians e do Palmeiras. Vamos investigar as causas", disse o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV).

    A equipe também se pronunciou. Veja a nota oficial do Água Santa:

    O Esporte Clube Água Santa vem a público através de sua diretoria lamentar em face ao acidente ocorrido na data de hoje pela manhã. Comunicamos ainda que felizmente não houve vítimas fatais, os quais se encontram hospitalizados estão com os sinais vitais preservados e estabilizados. O Esporte Clube Água Santa estará prestando assistência integral aos colaboradores envolvidos no infortúnio, bem como seus familiares. Através desta convocamos a toda torcida para nos apoiar neste momento infortúnio e que compareçam ao parque do Paço, onde haverá coletiva de imprensa. Contamos também com o apoio de toda população de Diadema, para que possamos superar este momento de dificuldade

    Reprodução
    Esporte Clube Água Santa
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