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    Ainda sonho em ser campeão da Libertadores, diz zagueiro Gil

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    08/11/2015 02h00

    O Corinthians está próximo de conquistar o título do Campeonato Brasileiro, mas o zagueiro Gil, 28, não esquece outro campeonato em que o clube não teve o resultado esperado. "Ainda sonho em ser campeão da Libertadores", afirmou o camisa 4 em entrevista à Folha.

    Com a taça bem perto, ele já pensa em 2016 e na possibilidade de realizar o seu sonho, que foi interrompido nas oitavas de final do torneio deste ano com a eliminação corintiana para o Guaraní-PAR –único acontecimento que ele gostaria que tivesse um fim diferente neste ano.

    Para o xerife da defesa menos vazada do Brasileiro, nem o título antecipado, nem a possibilidade inédita do time ser campeão com os jogadores sentados no sofá, tiram a graça do campeonato.

    Enquanto não acaba a temporada, o zagueiro tenta escolher os melhores do nacional. Em sua lista, escala Felipe, seu companheiro de defesa, que sofreu até virar titular do time do técnico Tite.

    Folha - O que você teria feito de diferente neste ano?

    Gil - Acho que tudo que eu planejei no final do ano passado está acontecendo. A úncia coisa de diferente é que a gente queria ter jogado a Libertadores até o final. No restante, foi como eu planejei.

    Daqui a cinco anos, quando você se lembrar de 2015, o que terá sido mais marcante?

    O mais importante é a força desse grupo, que vem se construindo desde o início do ano. Vários jogadores deram a volta por cima. Eram caras que não iam fazer parte do grupo, de repente voltaram e se firmaram. Isso é muito legal de ver. Foi com o apoio dos outros jogadores que isso aconteceu. A gente não deixa ninguém desanimar.

    Este é o melhor grupo com o qual você já trabalhou?

    Sim. Em termos de ambiente, de dedicação... Eu peguei uma fase boa no Cruzeiro também. Quando eu cheguei aqui, em 2013, também era bom, mas esse é muito bom.

    Esse Corinthians pode superar o de 2012, campeão Mundial e da Libertadores?

    O time de 2012 venceu dois grandes títulos que o Corinthians almejava. Cada grupo é diferente. A gente se construiu para vencer campeonatos, é isso que marca os jogadores em um clube.

    As saídas do Guerrero e do Emerson Sheik melhoraram o ambiente da equipe?

    Não, de forma alguma. O Paolo, onde ele for jogar, vai ser o centro das atenções. Mas aqui ele não se sentia o cara. Ele sempre foi muito humilde. Sempre trabalhou do mesmo jeito que todo mundo. A gente sabia da importância dele e ele também sabia. Mas não tinha isso dele ser o centro aqui. O grupo sempre foi mais importante.

    Você ficou inseguro com a saída dos jogadores?

    A gente fica um pouco preocupado, né? Se formou um grupo de novos jogadores aqui. Quando as lideranças saem, os outros ficam sem saber o que pode acontecer. Começaram vários boatos e a gente ficou meio triste.

    E como foi esse momento?

    Sentaram eu, o Renato Augusto, o Vagner Love e o Cássio com o Tite e a diretoria. A gente conversou e ficou tudo bem claro. Eles entenderam a nossa parte e a gente também entendeu a parte deles. A partir daí, passamos a situação para o resto do grupo e a gente cresceu muito.

    Para você, quem é o melhor jogador do campeonato?

    Difícil escolher. Tem muitos jogadores se destacando. No nosso time tem o Jadson, o Renato Augusto e o Felipe, por exemplo.

    O Felipe é um símbolo deste Corinthians?

    Vou ser sincero. Para mim, não foi surpresa nenhuma. Ele mesmo sabe disso. Eu sempre falei com ele da capacidade que ele tem e da qualidade do futebol dele. Claro que em um jogo ou outro, as coisas não saem do jeito que a gente quer. Ele é um dos jogadores que deram a volta por cima aqui. Eu torço pra ele continuar crescendo e continuar trabalhando muito. Graças a ele e a família dele, ele deu a volta por cima.

    O que você só aprendeu trabalhando com o Tite?

    Várias coisas. Disciplina tática, principalmente. Dentro do campo, a orientar os outros jogadores. Ele sempre me pediu para falar mais e acho que agora eu consigo.

    A torcida se preocupa com a saída de jogadores. Você pode prometer que ficará?

    Provavelmente. Acabei de prorrogar meu contrato até 2019. Fico feliz com o carinho da torcida, com a atenção da diretoria também, dos jogadores e dos funcionários.

    Você vê o Alexandre Pato no elenco em 2016?

    Difícil dizer isso. É uma coisa muito da diretoria. É ela quem vai decidir isso. Ele é um excelente atleta. Nosso grupo está bem fechado, mas quem chegar vai ser recebido de braços abertos. A gente só pede para que se ele for vir mesmo, para se reintegrar o mais rápido possível, com o espírito que a gente tem aqui.

    Vocês poderiam, eventualmente, ser campeões no sofá. Gosta dos pontos corridos?

    Gosto, sim. É um campeonato bom. Até por isso a gente conquistou esses 11 pontos de diferença. Eu disputo o Brasileiro desde 2009, e pra mim não tem diferença.

    Tem algum sonho ainda?

    Ainda sonho em ser campeão da Libertadores. E ser campeão de todos os campeonatos que eu disputar. A maioria dos meus sonhos eu estou conseguindo realizar.

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