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    Com redutos esvaziados, corintianos vibram com possível título em campo

    GUILHERME SETO
    RAFAEL GÓMEZ
    DE SÃO PAULO

    08/11/2015 20h46

    "Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora. O dia já vem raiando meu bem, e eu tenho que ir embora".

    Aos 44 minutos do segundo tempo, a música cantada pela torcida corintiana nos bares da Vila Madalena, em São Paulo, anunciava que o título do Brasileiro estava próximo.

    Em Florianópolis, Figueirense e Atlético-MG empatavam sem gols, resultado que faria o Corinthians campeão.

    Um minuto depois, a festa que era certa virou frustração. O gol do atleticano Dátolo adiou pelo menos até o dia 19, contra o Vasco, no Rio, a chance de conquistar o título mais uma vez.

    "Eu queria mesmo que deixasse para ganhar contra o São Paulo [dia 22, no Itaquerão] dentro de campo", disse o corintiano Jorge Pavesi, 27, lembrando a possibilidade de tirar o rival do G4.

    Na quadra da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, havia menos torcedores que em conquistas recentes de títulos do time, mas os que estavam presentes não esmoreceram com o desfecho.

    Assim que o árbitro apitou o fim de jogo, Fabricio Pouseu, tesoureiro da organizada, tomou o microfone.

    "Nós já somos campeões pelo campeonato que fizemos. Vamos ficar todos aqui e comemorar", disse, apoiado em coro pelos presentes.

    Em seguida, a vibração subiu de tom com bandeirões, bateria e cantos como "festa na favela, alegria do povão" e o hino do clube.

    O clima de "já ganhou" era onipresente. A empresária Vena Barbosa, 51, estava no local pela primeira vez.

    "Está tudo bem. O amor continua. Foi até melhor assim, porque então ganhamos contra o São Paulo", disse, vibrando com seus familiares.

    O auxiliar administrativo Ricardo Flores, 26, negou qualquer frustração.

    "Jamais. Já sou campeão. Ninguém tira esse título do Corinthians", afirmou.

    Uma reclamação constante foi o fato de o time ter jogado no dia anterior. "Ter que torcer para outro time é uma merda", dizia um grupo.

    A presença de corintianos nos dois locais contrastava com o vazio do Tatuapé. Nenhum torcedor do clube foi visto pela Folha no tradicional reduto alvinegro, assim como nas ruas próximas ao Parque São Jorge, onde fica a sede do clube, e na região central da cidade.

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