O presidente da Federação Colombiana de Futebol (FCF), Luis Bedoya, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (9). O anuncio foi feito através de um comunicado publicado no site da entidade. Ele estava no poder desde 2006.

No comunicado, Bedoya atribuiu a decisão a "razões pessoais".

De acordo com a imprensa local, a renúncia está vinculada ao mega-escândalo de corrupção da Fifa. No início de junho, no entanto, Bedoya garantiu que todas as contas dele e da entidade estavam à disposição das autoridades, ressaltando que em caso de alguma irregularidade surgir, não hesitaria em deixar o cargo.

"Não existem contas secretas, não há contas infladas ou contas que não sejam gerenciadas aqui, na Colômbia", sentenciou o então presidente no início de junho, poucos dias depois da prisão em Zurique de sete dirigentes da Fifa a pedido da justiça americana, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que na semana passada foi extraditado aos EUA

Um dos pontos altos da gestão de Bedoya foi a contratação do técnico argentino José Pekerman, que voltou a classificar a seleção colombiana a uma Copa do Mundo depois de 16 anos de ausência, e levou o time às quartas de final, no ano passado, no Brasil.

FIFA

Bedoya é um dos representantes da Conmebol no Comitê Executivo da Fifa, juntamente com o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o paraguaio Juan Ángel Napout, que presidente a entidade sul-americana.

Com a saída da federação, o colombiano perderá também o cargo na Fifa. Recentemente, Del Nero negou que deixaria o cargo no comitê mesmo com a pressão de representantes da Conmebol em razão das ausências do brasileiro nas últimas reuniões.