Motivo de polêmica nos últimos dias no São Paulo, a cláusula do contrato do novo diretor-executivo de futebol do clube, Gustavo de Oliveira, que previa bônus em transferências de atletas do futebol profissional e da base, foi retirada do documento, que ainda não foi assinado.

A Folha revelou na última quinta-feira (5) que o contrato previa bônus de cerca de 3% em transferências do futebol profissional e pouco de mais de 1% na base. A informação foi confirmada por Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo.

"Quando ele aceita um bônus como parte da remuneração condicionado à performance de natureza financeira do seu departamento e especialmente esportiva, o São Paulo se vê atendido em sua estratégia e dentro de sua realidade", disse Leco.

Gustavo Vieira de Oliveira, novo diretor-executivo de futebol do São Paulo, disse nesta terça-feira (10) em coletiva de imprensa que seu contrato com o clube ainda está em discussão e negou a composição do salário com a participação nas transferências de atletas. Posteriormente, ele acrescentou que o acordo ainda está em discussão e o que está definido é que ele terá parte do salário sob a forma de remuneração variável.

"Nesse meu retorno ao clube, eu fui demandado pela instituição a pensar em uma forma de remuneração que contemplasse também um elemento variável, e que se eu não produzisse seria zero. Não há e não haverá nenhuma implicação direta sobre transferência de atletas. O que há é uma remuneração variável, que ainda está sendo discutida e que deve atender ao interesse do clube. Essa eventual renda variável tem que refletir os resultados da equipe", disse Oliveira.

Questionado sobre a fala de Leco e se então eles abandonaram a ideia inicial do bônus na venda de jogadores, ele negou.

"Não há volta atrás, longe disso. Alguns conceitos e modelos foram debatidos, e isso está em processo, em andamento. Para mim, o que é importante na remuneração variável é ter o resultado esportivo, isso é o que mais me estimula", completou.

	Fabio Braga - 11.out.2013/Folhapress
	Gustavo Vieira de Oliveira, novo executivo do São Paulo