O Comitê Olímpico Internacional (COI) suspendeu provisoriamente nesta terça-feira (10) o ex-presidente da Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) Lamine Diack de suas funções no conselho do Comitê. No comunicado, o COI ainda abriu a possibilidade de os envolvidos perderem as medalhas conquistadas com o uso de doping.

Seguindo a política de tolerância zero ao doping, o Comitê disse que tomará todas as medidas envolvendo uma possível perda de medalhas dos que tenham violado as regras. Técnicos ou autoridades que tenham a participação comprovada também poderão ser banidos dos próximos jogos olímpicos.

No comunicado, o COI fez um apelo à Iaaf para iniciar procedimentos disciplinares contra atletas olímpicos que violaram regras de doping em um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

A Wada é uma entidade independente criada em1999 com o objetivo de, em associação com organizações intergovernamentais, autoridades públicas e entidades privadas, liderar a luta mundial contra o doping.

Um relatório de 323 páginas divulgado na segunda-feira (9), em Genebra, por uma comissão independente criada pela Wada apontou que a Rússia desenvolveu cultura "profundamente enraizada de fraude" em seu esporte, sobretudo o atletismo.

Em resposta, o Ministério do Esporte da Rússia disse que vai colaborar com a investigação da Wada, mas pediu "fatos e provas" para recordar que o órgão não tem competência para suspender atletas.

Nesta terça-feira, a Wada anunciou a suspensão com efeito imediato da autorização de funcionamento do laboratório de análise antidoping de Moscou, capital da Rússia. Esta foi a primeira consequência do escândalo no atletismo russo.