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    Interlagos ganha novas áreas para tirar equipes do aperto

    DE SÃO PAULO

    12/11/2015 02h00

    Para quem assiste ao GP Brasil de Fórmula 1 do sofá de casa ou até mesmo das arquibancadas pode ser difícil perceber o tamanho da transformação de Interlagos. O traçado continua igual, e até o asfalto é o mesmo de 2014.

    Do outro lado das catracas, porém, as cerca de 7.000 pessoas que trabalham nos boxes e no paddock irão se deparar com o que talvez seja
    a maior reforma dos 75 anos de história do circuito.

    Antes instaladas em abrigos provisórios ou contêineres, as equipes inauguram nesta semana o novo prédio de apoio, onde terão seus escritórios -passarão de 70 para 210 metros quadrados.
    Haverá também quatro boxes auxiliares, aumentando o espaço para os times.

    "Tenho certeza de que as equipes irão adorar. Interlagos era o pior autódromo do mundo para elas", disse Bernie Ecclestone, chefe da FOM, empresa que controla a F-1.

    A reforma de Interlagos

    Devido a atrasos no processo de licitação, porém, a reforma não está completa. O edifício de apoio terá dois pavimentos finalizados apenas em 2016. Outro prédio novo, o Centro Operacional, abrirá agora dois andares com áreas VIPs. Outros três pavimentos ficarão para o ano que vem. Os novos boxes, maiores e com divisórias móveis, e a cobertura do paddock também não estão prontos.

    "Não valia o risco tentar terminar em 2015. Se derrubássemos os boxes e algo desse errado, não teria corrida. Focamos nas áreas de apoio", diz o secretário de obras do município, Roberto Garibe.

    Uma galeria técnica, que organiza fios, cabos e canos já foi finalizada e tornará o autódromo mais seguro. A última fase da reforma deve ir de janeiro a setembro. O custo total é R$ 144 milhões.

    Mesmo ainda incompletas, as novidades devem trazer um respiro. No paddock, as equipes ficavam apertadas. Pilotos, jornalistas, dirigentes e membros dos times se esbarravam e tinham de disputar espaço com mecânicos e pneus indo e vindo. As áreas para refeições também eram bem acanhadas.

    "O paddock ganhou dois metros de largura [de 8 m para 10 m]. Parece pouco, mas já muda para melhor toda a circulação", diz Luis Ernesto Morales, engenheiro-chefe da organização do GP Brasil.

    Em outros autódromos, principalmente os mais novos, como de Xangai e Abu Dhabi, as equipes ocupam grandes áreas. Esta configuração acaba criando uma atmosfera diversa da que se vê em Interlagos, onde há mais interação entre funcionários de times diferentes. Para muitos na F-1, este é um charme do autódromo brasileiro. E isto a reforma não deve mudar.

    "Vai continuar sendo um lugar agradável, onde os membros de equipes diferentes vão se encontrar mais, como acontecia antigamente", diz Ecclestone. "É algo que falta na Fórmula 1 atual."

    Cronologia de Interlagos

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