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    Fittipaldi defende F-1 na América Latina e critica excesso de GPs na Ásia

    DANIEL MÉDICI
    DE SÃO PAULO

    11/11/2015 17h56

    Ronaldo Schemidt - 3.out.2015/AFP
    Brazilian former F1 world champion Emerson Fittipaldi speaks during a press conference after the inauguration of the Hermanos Rodriguez Racetrack in Mexico City, on October 3, 2015. Mexico will hold its Formula 1 Grand Prix on November 1. AFP PHOTO / RONALDO SCHEMIDT ORG XMIT: RSA839
    Emerson Fittipald fala com a imprensa durante o GP do México

    Na semana em que acontece o GP Brasil, o bicampeão Emerson Fittipaldi defendeu a presença da Fórmula 1 na América Latina, que leva um público apaixonado pelo esporte aos autódromos, em contrapartida ao excesso de etapas da categoria na Ásia.

    Fittipaldi esteve presente no GP do México, no último dia 1º, no cargo de "embaixador oficial" da corrida, que voltava ao calendário após uma ausência de 23 anos.

    "Fizeram um ótimo trabalho na pista e nas instalações do autódromo Hermanos Rodríguez. Todos ficaram impressionados", disse o ex-piloto. "Foi importante para mostrar ao mundo do que a América Latina é capaz."

    Interlagos, para Fittipaldi, segue na mesma direção: "No ano passado refizeram o asfalto, que ficou espetacular. Só faltava reformar o paddock, que é o que está acontecendo agora".

    Fittipaldi afirmou que a paixão dos torcedores mexicanos e brasileiros são um diferencial em relação às etapas asiáticas, realizadas com mais recursos financeiros. "[No México], quando o Checo [Sergio Pérez] entrava na pista, a torcida inteira levantava. É legal ver a Fórmula 1 de volta para onde o povo gosta."

    "Em Abu Dhabi a gente ainda vê alguns ingleses na arquibancadas. Na China, ninguém sabe o que é a Fórmula 1", criticou.

    Na última década, a F-1 deslocou a maior parte do seu calendário para a Ásia, distanciando-se da Europa, o berço da categoria.

    Em 2015, sete GPs foram disputados no continente asiático, o mesmo número de corridas europeias —a conta considera Sochi, sede do GP da Rússia, como localizada na Ásia. México e Brasil são as duas únicas provas latino-americanas e, junto com EUA e Canadá, somam quatro na América.

    Apenas um piloto asiático compete atualmente na F-1, o russo Daniil Kvyat, nascido em Ufa. Em compensação, são quatro pilotos latino-americanos no grid: os brasileiros Felipe Massa e Felipe Nasr, o mexicano Pérez e o venezuelano Pastor Maldonado.

    Enquanto a América Latina soma 13 títulos mundiais da categoria, nenhum asiático venceu um GP válido para o campeonato mundial.

    GP BRASIL

    Questionado sobre o provável resultado do GP Brasil, Fittipaldi disse que torcerá por Felipe Massa, mas aposta no inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, campeão da temporada por antecipação.

    Para o bicampeão da Fórmula 1 e campeão da Fórmula Indy, que compareceu nesta quarta (11) ao lançamento de um relógio em sua homenagem feito pela marca Technos, o público brasileiro ficou mal acostumado com o surgimento de três campeões mundiais em um curto espaço de tempo.

    "É muito difícil ser campeão. Tudo tem que estar ao seu favor durante a temporada para isso acontecer", ponderou, respondendo a um fã.

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