Na 13ª colocação do Mundial, o brasileiro Felipe Nasr tem como meta pontuar nas duas últimas provas do calendário (em São Paulo e Abu Dhabi), mas não está preocupado com a colocação final em um campeonato que, para ele, "já está no lucro".

"Quando começamos o ano, esperávamos apenas pontuar em algumas corridas. Então já está no lucro geral para a equipe", afirmou Nasr, nesta sexta-feira (13), após a 13ª colocação no treino livre da tarde.

O brasileiro pontuou em seis provas no ano e chegou aos 27 pontos. Assim, ajudou a Sauber (com 36) a estar na oitava posição no campeonato de construtores, à frente da tradicional McLaren, de Fernando Alonso e Jenson Button (com 27 pontos) e da Marussia (a única zerada).

"Manter a McLaren atrás era importante. É o foco da equipe no momento", diz Nasr.

Ele é o segundo melhor estreante de 2015, com 27 pontos conquistados, atrás apenas de Max Verstappen, da Toro Rosso, que soma 47.

"Ninguém me prometeu que iria vencer corridas aqui dentro", lembrou. "Foi um ano de aprendizado".

Nasr ainda pode tornar-se o piloto brasileiro com melhor temporada de estreia na F-1 desde Ayrton Senna. A missão, porém, não é fácil.

Em 1984, o então novato terminou o Mundial na nona colocação com a Toleman após subir no pódio em três ocasiões -foi segundo em Mônaco e terceiro na Inglaterra e em Portugal.

Desde então, outros 16 brasileiros atingiram a principal categoria do automobilismo, o último deles Nasr. Destes, apenas sete conseguiram marcar pontos no primeiro ano na F-1: Mauricio Gugelmin, Christian Fittipaldi, Rubens Barrichello, Felipe Massa, Cristiano da Matta, Nelsinho Piquet e Nasr.

Levando-se em consideração o sistema de pontuação atual, no qual os dez primeiros colocados a cada GP pontuam, o piloto da Sauber ainda estaria atrás de quatro.

Em colocação no Mundial, porém, só perderia para Nelsinho, que terminou o campeonato de 2008 no 12ª lugar.