O meia Kaká, que atualmente está no Orlando City, dos Estados Unidos, foi absolvido nesta segunda-feira (23) da acusação de crime de evasão fiscal por um tribunal de Milão.

Segundo as autoridades, "o fato nunca existiu" e o processo foi encerrado.

A acusação afirmava que, durante o tempo em que o meia atuou pelo Milan, foi criada uma "rede" para diminuir o valor das taxas provenientes dos direitos de imagem referentes às atuações do brasileiro nos gramados.

De acordo com o procurador-adjunto Francesco Greco, a medida fazia com que o atleta não declarasse corretamente seu imposto de renda referentes aos anos de 2005, 2007 e 2008.

Greco acusou o jogador de criar a empresa Tamid Sport Marketing com a intenção de "interpor o processo entre ele e seus patrocinadores" e de fazer com que a empresa agisse apenas "com fins de ordem fiscal".

O juiz da segunda seção penal do Tribunal de Milão acolheu a decisão por considerar que "a empresa estava realmente em operação e não se tratava de um esquema para não pagar impostos".

O brasileiro já havia pagado cerca de dois milhões de euros à Agenzia delle Entrate, o órgão público italiano que desenvolve funções relativas à gestão e ao pagamento de tributos, resolvendo as pendências fiscais.

O advogado de Kaká, Daniele Ripamonti, demonstrou "satisfação" pela decisão judicial. "O meu cliente poderia obter [a absolvição], também graças à nova legislação em que abuso de direito não constitui mais crime, mas os juízes decidiram absolvê-lo com fórmula plena, acolhendo integralmente as nossas motivações", destacou o representante.