Um grupo de atletas do Quênia ocupou na segunda-feira (23) a sede da federação de atletismo do país, em Nairóbi, para protestar contra a corrupção na entidade e pedir o afastamento de membros da diretoria.

Na semana passada, um artigo publicado pelo jornal britânico "Sunday Times" dizia que o vice-presidente da federação, David Okeyo, se apropriou de US$ 700 mil (R$ 2,5 milhões) procedente de um contrato de patrocínio firmado pela entidade.

Os atletas, que continuaram com os protestos nesta terça-feira (24), pedem, também, uma revisão abrangente dos casos de doping.

Entre os manifestantes estão Wilson Kipsang, dono do recorde mundial da maratona, assim como Wesley Korir, vencedor da maratona de Boston, nos Estados Unidos, em 2012.

"Queremos resolver o problema, que acontece há tempos e nos afeta desde o ponto de vista da corrupção, da dopagem e outros assuntos", disse Julius Ndegwa, organizador do protesto.

Nesta terça-feira, representantes do governo se reuniram com os atletas para discutir o caso.

Gordon Oluoch, comissário de esportes do Quênia, disse que tentaria resolver o assunto, mas criticou os atletas que protestavam foram da sede da federação.

"Eu acredito no cumprimento das leis. Mas mesmo que os atletas tenham casos legítimos, devem agir dentro da lei, e não por meio das leis da selva", afirmou Oluoch.