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    Arouca e David Braz se reencontram na final da Copa do Brasil

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO
    KLAUS RICHMOND
    DE COLABORAÇÃO PARA FOLHA, DE SANTOS

    25/11/2015 02h00

    Cesar Greco/Ag. Palmeiras - Ricardo Saibun/SantosFC
    SAO PAULO, SP - 20.11.2015: TREINO DO PALMEIRAS - O jogador Arouca, da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol, no bairro da Barra Funda. (Foto: Cesar Greco. (Foto: Cesar greco / Ag. Palmeiras / Divulgacao) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM*** ----//----- SANTOS,SP - 2015 - David Braz em treino do Santos / ou durante partida do Santos na Vila Belmiro. (Foto: Ricardo Saibun/SantosFC) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Arouca, hoje no Palmeiras, e David Braz, no Santos, já atuaram pelo adversário desta noite

    As trajetórias do zagueiro David Braz e do volante Arouca cruzaram-se em 2012, quando o primeiro chegou ao Santos, clube no qual o segundo já era querido pela torcida.

    Juntos, eles comemoraram a conquista da Recopa Sul-Americana, no mesmo ano.

    Nesta quarta (25), no primeiro jogo da final da Copa do Brasil entre Santos e Palmeiras, na Vila Belmiro, voltarão a se encontrar, só que de lados opostos.

    No começo deste ano, Arouca, 29, deixou o Santos após acionar o clube na Justiça devido a atrasos nos pagamento de salários, o que gerou ira de parte dos torcedores, que devem vaiá-lo assim que colocar os pés no gramado que conhece tão bem.

    "A principal dificuldade é que a Vila é um caldeirão, a torcida fica muito próxima ao campo e faz muita pressão. Xinga, grita e faz barulho o tempo todo. Mas nós estamos acostumados com isso, não é novidade para ninguém, e vamos pra lá com o intuito de buscar um bom resultado. O Santos tem um time muito bom, ofensivo e precisamos conter esse ímpeto deles com uma marcação forte e sendo agressivos quando formos atacar, para aproveitar os espaços que eles deixarem", diz à Folha o volante que, como retorna de lesão, talvez jogue só um dos tempos do primeiro jogo.

    Apenas um ano mais novo que Arouca, Braz também deve ter recepção hostil no Allianz Parque na outra quarta (dia 2) por razão semelhante: o Palmeiras e seus fãs não viram com bons olhos a saída de uma prata da casa que acusava o clube de tê-lo obrigado a assinar um contrato de gaveta, em 2008.

    "Não queria sair naquela época, mas era jovem, tinha outros interessados e achava que não perderia muita coisa", conta.

    Nessa trama de encontros e desencontros, é notável a discrepância das personalidades dos jogadores.

    "Podem me chamar de maluco. Já vivi tantas coisas, depois dou risada com minhas maluquices", diz Braz, que recentemente chamou atenção por discutir com Tite e provocar Valdivia (ex-Palmeiras) com imitação de choro.

    "Houve um mal-entendido com o Tite. Foi ele quem me subiu para o profissional. Estou até hoje atrás do telefone dele [para esclarecer o episódio e afastar o mal-estar], mas tudo isso fica no campo", minimiza. E emenda: "O Valdivia é meu irmão".

    Em contraste, Arouca é do tipo que foge de polêmicas, mas ele sabe que a serenidade não deve prevalecer nos dois confrontos. Nos últimos encontros entre as equipes no ano, o clima foi tenso.

    "Acredito que serão dois jogos muito pegados, mas ao mesmo tempo dois bons espetáculos para as torcidas. Discussões e entradas mais duras acontecem no calor do jogo, o que não pode é descambar para a violência e para a deslealdade", avalia o volante.

    Os percalços físicos também distanciam Arouca de David Braz em 2015. O palmeirense lamenta o ano interrompido por lesões.

    "Tive a mesma lesão [desinserção muscular, que é o desprendimento do músculo do osso] uma vez em cada perna, o que me atrapalhou bastante durante o ano. Não sei como explicar, os próprios médicos me disseram que é uma lesão muito rara".

    Editoria de arte/Folhapress
    ficha santos palmeiras

    Já Braz celebra o que talvez seja o ápice de uma carreira acidentada. "Hoje não curto mais baladas, nem bebo, o que tem me ajudado a ter bom rendimento e a ser bem visto por diretorias e técnicos", diz em referência aos problemas nos anos de Flamengo.

    "Tenho a chance de ganhar mais um título pelo Santos", diz o zagueiro, que venceu o Paulista deste ano.

    O volante ex-Santos, clube no qual conquistou três Paulistas, Copa do Brasil, Libertadores e Recopa, quer levantar o "caneco" pela primeira vez com a camisa verde.

    "Quando nós fomos contratados, a ideia era reconquistar a torcida e recuperar o orgulho do palmeirense. Acho que já conseguimos fazer isso, de certa forma, com as campanhas da equipe nesse ano. Contudo, acredito que o título viria como um presente para o torcedor, uma confirmação desse processo e também serviria para coroar esse grupo, que trabalha forte todo dia buscando justamente conquistas e marcar o seu nome na história do clube."

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