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    Corrupção no futebol

    Alvo de CPI, Del Nero diz que fica na CBF e que tentará reeleição

    SÉRGIO RANGEL
    DO RIO

    25/11/2015 02h00

    Principal alvo das investigações da CPI do Futebol no Senado, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, cumpriu apenas sete meses de mandato à frente da entidade e já planeja sua reeleição.

    Apesar da pressão de opositores e alguns políticos por sua renúncia, o dirigente disse estar em condições de cumprir o seu mandato até o final, em abril de 2019, e que pensa em tentar a reeleição.

    "Estou pronto e preparado para cumprir meu mandato e mais um se os eleitores aceitarem", disse o dirigente, que também foi homem-forte na CBF durante a gestão de José Maria Marin na entidade.

    "Temos muito a fazer em favor do futebol brasileiro, como já estamos fazendo", acrescentou Del Nero.

    Marin cumpre prisão domiciliar em Nova York acusado de receber propina na comercialização de direitos de transmissão de torneios de futebol no Brasil e exterior.

    O colégio eleitoral da CBF aumentou para o próximo pleito. Agora, terá os votos das 27 federações e de 40 clubes (20 da Série A e 20 da Série B do Brasileiro). No ano passado, Del Nero foi eleito com 44 dos 47 votos em disputa —clubes da segunda divisão não votavam.

    Na quinta-feira (19), o STF (Supremo Tribunal Federal) negou habeas corpus para Del Nero. O cartola entrara com o pedido para que não fosse preso e pudesse ficar calado durante um futuro depoimento na CPI do Senado.

    O ministro Gilmar Mendes, que rejeitou o pedido feito pelo dirigente, classificou a medida como "incabível".

    Nesta quarta-feira (25), os senadores vão votar a quebra do sigilo bancário e fiscal de vários ex-dirigentes da CBF. No último dia 11, a CPI foi prorrogada pelos parlamentares e seguirá até julho de 2016.

    Em 2014, Del Nero recebeu R$ 3,28 milhões por ocupar a vice-presidência da CBF. Além dos R$ 273 mil mensais da confederação, o dirigente ganhou em salários R$ 1,18 milhão por comandar a Federação Paulista de Futebol, cargo que deixou neste ano.

    Na tarde desta quarta, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) fará uma reunião extraordinária no Rio. Sem deixar o país desde maio, Del Nero deve aproveitar o encontro para entregar o seu cargo de representante da confederação da América do Sul no Comitê Executivo da Fifa –ele deve indicar um substituto.

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