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    Após 111 anos, Bélgica volta à final da Copa Davis em meio a tensão

    DE SÃO PAULO

    26/11/2015 18h00

    Jason Cairnduff/Reuters
    Tennis - Belgium v Great Britain - Davis Cup Final - Flanders Expo, Ghent, Belgium - 26/11/15 Great Britain Team Captain Leon Smith with Kyle Edmund, Andy Murray, James Ward and Jamie Murray and Belgium Team Captain Johan Van Herck with Ruben Bemelmans, Steve Darcis, David Goffin and Kimmer Coppejans pose after the draw Action Images via Reuters / Jason Cairnduff Livepic ORG XMIT: UKXA56
    Atletas da Bélgica e da Grã-Bretanha posam com o troféu da Copa Davis em Ghent

    Demorou 111 anos para que a Bélgica voltasse a disputar uma final de Copa Davis. Há duas semanas do duelo contra a Grã-Bretanha, porém, os ataques em Paris fizeram com que a decisão ganhasse contornos de tensão muito além do saibro de Ghent, a 56 km de Bruxelas.

    Britânicos e belgas começam a disputa pelo título de uma das competições mais tradicionais do tênis nesta sexta (27), às 10h30 (com SporTV 2), quando acontecem as primeiras partidas de simples. O duelo continua no sábado, com o jogo de duplas, e será encerrado no domingo, com mais dois duelos individuais.

    A capital está em alerta máximo até segunda (30). Nesta quinta, uma partida de futebol da Liga Europa foi disputada com portões fechados em Bruges por determinação do prefeito da cidade, localizada a 100 km de Bruxelas.

    As autoridades belgas têm realizado operações de buscas por suspeitos de envolvimento com o terrorismo, entre eles Mohamed Abrini, 30, que pode ter relações com os atentados na França.

    Principal nome britânico, Andy Murray, número dois do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), admitiu que a equipe estava preocupada antes de viajar para a Bélgica, mas disse que ao chegar ao local da decisão se sentiu confortável com a segurança.

    Medidas adicionais foram tomadas pela organização do torneio. Entre as ações anunciadas está a proibição de entrada na arena com mochila, bebida e comida. Além disso, pessoas sem ingressos não poderão circular na área do evento. As revistas serão reforçadas.

    Dentro da arena de saibro coberto, piso escolhido pelos donos da casa, espera-se outro tipo de pressão. A quadra e a torcida favoráveis –com cerca de 13 mil torcedores– serão os principais trunfos dos belgas, que chegaram à decisão com uma equipe de poucos destaques individuais. No caminho, passaram por Suíça e Canadá, que não contavam com os seus principais jogadores, antes de derrotarem a Argentina na semifinal.

    O melhor tenista local é David Goffin, 16º do ranking, que abre o duelo contra Kyle Edmund, de 20 anos, em 100º na lista da ATP. Na sequência, Murray enfrenta Ruben Bemelmaans (108º).

    No sábado, Andy Murray joga ao lado do irmão Jamie, especialista em duplas, contra Steve Darcis e Kimmer Coppejans. Darcis, 84º colocado, pode ter sido poupado da partida contra Murray na sexta, com poucas chances de vitória, para um eventual quinto jogo no domingo.

    Curiosamente, a única vez que a Bélgica esteve na final foi em 1904, contra os britânicos, que não vencem o torneio desde 1936 e chegaram à decisão pela última vez em 1978. Motivos que tornam esta edição da Copa Davis histórica dentro e fora de quadra antes mesmo de começar.

    Jason Cairnduff/Reuters
    Tennis - Belgium v Great Britain - Davis Cup Final - Flanders Expo, Ghent, Belgium - 26/11/15 Belgium's David Goffin during practice Action Images via Reuters / Jason Cairnduff Livepic ORG XMIT: UKXA1q
    David Goffin treina em Ghent, local da decisão da Copa Davis
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