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    Rogério Ceni vai ao Morumbi em adeus discreto ao estádio

    ADRIANO MANEO
    DE SÃO PAULO

    28/11/2015 02h00

    A despedida em jogos oficiais de Rogério Ceni da casa onde obteve algumas das maiores glórias de sua carreira será bastante diferente do que o goleiro e a torcida estão acostumados.

    Ainda sem condições de jogo devido a uma lesão no pé direito, Ceni, 42, foi relacionado para a partida deste sábado (28) contra o Figueirense, no Morumbi, mas não deve participar do jogo.

    É possível que o capitão esteja no banco durante o confronto, mas sua presença em campo é tida como muito improvável. Ceni esteve concentrado com a equipe desde sexta (27) e estará no vestiário.

    A atribuição de motivar o time deve se restringir aos momentos que antecedem a partida e ao intervalo.

    A presença dele foi um pedido do técnico Milton Cruz. Após a goleada por 6 a 1 contra o Corinthians, o treinador disse que a liderança de Ceni fez falta ao time naquela ocasião.

    O goleiro está afastado dos gramados desde 28 de outubro, quando se lesionou em partida contra o Santos, na Vila Belmiro. O jogo era válido pela semifinal da Copa do Brasil e o São Paulo foi eliminado após perder por 3 a 1.

    Seu último jogo no Morumbi foi no dia 21 de outubro, contra o mesmo Santos, na primeira partida da semifinal. Aquela que deve ser a última atuação oficial de Ceni no campo tricolor não traz boas recordações aos são-paulinos. Sob muita chuva, o time foi dominado pelo rival da Baixada e acabou derrotado pelos mesmos 3 a 1.

    Nesta semana, o goleiro tentou ir a campo por duas vezes, uma na quarta (25) e outra na quinta (26), mas sentiu dores, interrompeu o treinamento e retornou aos trabalhos de fisioterapia.

    Diferentemente do que todo são-paulino esperava, o enredo da despedida do paranaense Rogério Ceni tem sido um tanto frustrante. O adeus a um dos maiores ídolo da história do Morumbi tem apresentado capítulos melancólicos.

    Quando ele desistiu de sua aposentadoria em 2014 após levar o time à disputa da Libertadores, havia a expectativa de um fim de carreira glorioso ao goleiro.

    HOMENAGEM

    No entanto, o epílogo de sua trajetória dentro de campo não reduzirá sua relevância para o São Paulo.

    No Morumbi, ninguém jogou mais vezes que Ceni.

    O goleiro atuou em 592 partidas com a camisa tricolor e venceu 374, o que representa 63% dos jogos. Dos 131 gols marcados por ele, 77 (59%) tiveram como cenário o estádio são-paulino.

    Lá, o goleiro já foi o primeiro a levantar taças de Libertadores e Brasileiros. Só não ergueu o troféu da Copa Sul-Americana de 2012 porque deu o privilégio a Lucas, à época um jovem ídolo, hoje no Paris Saint-Germain.

    Diante de uma reta final de Brasileiro aquém das ambições do São Paulo, resta aos fãs de Ceni aguardar o dia 11 de dezembro. Nessa data, haverá uma festa de despedida no Morumbi para relembrar os melhores momentos da carreira do goleiro.

    Outros ídolos da história do clube já confirmaram presença, como Raí e Lugano.

    Por ora, só os sócios dos planos "Tu és Grande" e "Tu és o Primeiro" e os torcedores com cinco estrelas no ranking de preferência para compra antecipada poderão adquirir bilhetes.

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