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    Velejador brasileiro ficou dois dias preso na Suécia por causa de briga

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    29/11/2015 02h00

    Francisco Vignale/Divulgação
    O velejador André Fonseca, 37, conhecido como Bochecha
    O velejador André Fonseca, 37, conhecido como Bochecha

    André Fonseca, 37, o Bochecha, ganhou destaque na vela brasileira ao se classificar para três edições dos Jogos Olímpicos (Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008).

    Bochecha também tem respeitável trajetória na vela oceânica, de duração mais longa que a tradicional.

    Em junho, quando encerrou sua terceira participação na Volvo Ocean Race, regata de vela oceânica ao redor do mundo, foi protagonista de incidente internacional.

    Bochecha foi preso pela polícia sueca, em Gotemburgo, última parada da edição 2014/15 da Volvo Ocean Race.

    Após dois dias detido, foi liberado pelas autoridades, mas ficou proibido de deixar o país entre 25 de junho e 20 de julho —até o julgamento.

    Segundo o veredicto do caso, obtido pela Folha, Bochecha agrediu os seguranças Johan Carlsson e Mikael Janstad com chute e até mordida.

    Na peça, o brasileiro negou e disse que agiu sempre em "legítima defesa". Tudo ocorreu durante a festa de confraternização da regata.

    Bochecha e seus colegas da equipe espanhola Mapfre, da qual foi chefe de turno, haviam consumido bebidas alcoólicas e, ao pagar a conta, houve um "mal entendido".

    O brasileiro tentou apartar discussão entre um de seus colegas e um segurança sueco, mas, em vez de arrefecerem, os ânimos se acirraram.

    Segundo a versão dada pelos suecos ao juiz, Bochecha teria, já fora do estabelecimento, incitado briga e mordido o polegar de um dos seguranças, que estava com a mão em sua boca.

    Resolvido o imbróglio, o catarinense e outro integrante da equipe Mapfre, Antonio Cuervas-Mons foram levados em custódia.

    Bochecha foi condenado por agressão aos seguranças, a quem teve de pagar indenizações por danos morais —cerca de R$ 7.000 no total. Além disso, pagou uma multa, que acabou destinada a um fundo fiduciário.

    À Corte ele afirmou que, com a proibição de viajar, perdeu duas competições internacionais que lhe renderiam € 5.000 (R$ 20,3 mil) e que temeu ser banido da Federação Internacional de Vela e da Marinha do Brasil, da qual recebe incentivo desde 2010 —ele é terceiro-sargento e manteve esse patrocínio.

    Apesar de negar ter agredido os suecos, ele preferiu não apelar. O caso foi encerrado. Bochecha voltou ao Brasil em agosto. Procurado pela Folha, ele não se manifestou.

    A organização da Volvo Ocean Race, por meio de sua assessoria de imprensa, diz não haver mais nada a acrescentar em relação às informações das autoridades suecas.

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