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    São Paulo não tem prazo para apurar denúncias contra Aidar

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    30/11/2015 02h00

    Não há prazo para o Comitê de Ética do São Paulo terminar as apurações que faz sobre os supostos desvios de dinheiro da gestão de Carlos Miguel Aidar, informa o presidente do órgão, Wilton Brandão Parreira Filho.

    Há um mês, Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente de futebol do clube, entregou um áudio com denúncias contra o ex-presidente para o Conselho Deliberativo.

    O áudio, gravado pelo próprio Gil Guerreiro, teria uma conversa em que o ex-presidente fala sobre desvio de dinheiro do São Paulo em contratação de jogadores e em outros acordos feitos por ele durante sua gestão.

    Desde a renúncia de Aidar, em 13 de outubro, sócios e oposição cobram que investigações sejam feitas nos mínimos detalhes, para que tudo não acabe em pizza.

    Ainda que o assunto tenha quase chegado às páginas policiais, com uma agressão de Gil Guerreiro ao ex-presidente e denúncias de corrupção, o Ministério Público não foi procurado e instigado a abrir uma inquérito sobre o tema.

    Em conversa com a Folha, Parreira explica que, embora não existam notícias sobre o assunto, o Comitê tem se dedicado muito ao tema e que a investigação será concluída, ainda que demore.

    "Estamos fazendo a coleta de provas. Não está parado. É o que posso te garantir", disse o dirigente.

    "Vou cumprir o compromisso de entregar uma conclusão ao Conselho. O que me angustia são as diversas formalidades que tenho de cumprir", completou.

    Segundo o presidente do Comitê de Ética, a Constituição e o Código Civil estão sendo seguidos rigorosamente, com o princípio do contraditório e o direito a defesa.

    "Não é possível prever um prazo", finalizou o dirigente.

    COMISSÃO R$ 18 MILHÕES

    Após seis meses, a comissão criada para investigar um contrato de comissionamento firmado com a Under Armour, fornecedora de material esportivo do clube, ainda não apresentou resultado.

    De acordo com um dos membros, Joandre Ferraz, algumas pessoas ainda estão sendo ouvidas para que um parecer final seja redigido.

    Em maio, a Folha revelou que uma empresa de Hong Kong receberia R$ 18 milhões por ter intermediado a negociação da empresa de material esportivo com o clube.

    Conselheiros do clube questionaram o valor e também o fato de o agente nunca ter aparecido.

    Pouco antes de renunciar, no entanto, Carlos Miguel Aidar conseguiu, por meio de um e-mail, fazer com que o americano que, em tese receberia o dinheiro, perdoasse a dívida, o que aumentou ainda mais as desconfianças.

    OUTRO LADO

    A reportagem procurou o São Paulo por diversas vezes nos últimos três dias para comentar a demora nas investigações. No entanto, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

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