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    Agência antidoping italiana pede suspensão a 26 atletas do país

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/12/2015 18h47 - Atualizado às 21h13

    Matt Dunham/Associated Press
    FILE - In this Thursday, Aug. 9, 2012 file photo, Italy's Fabrizio Donato competes in the men's triple jump final during the athletics in the Olympic Stadium at the 2012 Summer Olympics, London. The Italian Olympic Committee has requested two-year doping bans for 26 track and field athletes, several of whom are slated to compete at next year's Rio de Janeiro Games. The list includes Fabrizio Donato, the bronze medalist in triple jump at the 2012 London Olympics; Andrew Howe, the silver medalist in long jump at the 2007 world championships; and Alex Schwazer, the gold medalist in 50-kilometer race walk at the 2008 Beijing Olympics who has already been banned for doping. (AP Photo/Matt Dunham, File) ORG XMIT: ROM101
    O saltador italiano Fabrizio Donato durante os Jogos de Londres-2012, onde foi bronze no salto triplo

    Autoridades italianas de combate ao doping anunciaram nesta quarta-feira (2) que pedirão que 26 atletas do país sejam suspensos por dois anos devido a violações, o que os deixaria fora dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

    Entre os acusados, estão grandes nomes do atletismo italiano, com sucesso em campeonatos mundiais e Jogos Olímpicos recentes.

    Um deles é Fabrizio Donato, 39, medalhista de bronze no salto triplo nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

    Andrew Howe, 30, vice-campeão mundial do salto triplo em Osaka, no Japão, em 2007, e Daniele Meucci, campeão europeu da maratona em 2014, também foram acusados pelas autoridades.

    De acordo com o jornal "Gazzetta dello Sport", todos teriam, supostamente, falhado ao fornecer amostras biológicas de sangue e urina.

    A publicação afirma que os 26 competidores devem ser julgados em uma corte do Comitê Olímpico Italiano a partir do mês de fevereiro.

    Não se sabe quanto tempo vão durar as audiências.

    O pedido de suspensão feito pelas autoridades italianas é decorrente de uma larga operação policial realizada no norte do país, que investigou a sonegação de amostras de doping no atletismo.

    No total, 65 atletas foram averiguados, dos quais 26 acabaram indiciados.

    Cinco deles estavam classificados para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. Nenhum dos atletas havia se pronunciado publicamente até a conclusão desta reportagem.

    "Gostaria de reafirmar a total confiança na Procuradoria Antidoping do Comitê Olímpico Italiano e estamos ansiosos para a rápida conclusão do processo judicial", diz Alfio Giomi, presidente da Federação Italiana de Atletismo. Nenhum dirigente do comitê comentou o caso.

    Outros 39 casos de atletas investigados acabaram arquivados pelas autoridades antidoping do país, entre eles Alex Schwazer, 30, medalha de ouro na marcha atlética 50 km nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

    ESCÂNDALOS

    O pedido coletivo de suspensão na Itália ocorre em um momento delicado tanto para o atletismo quando para o controle antidoping.

    No mês passado, uma comissão independente instituída pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou que a Rússia tinha em seu esporte uma cultura profunda de dopagem, com ação estatal, sobretudo no atletismo –o país é uma potência olímpica.

    A comissão recomendou o banimento do atletismo russo de competições internacionais, o que foi acatado pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo). Ou seja, por ora, os russos não podem disputar os Jogos do Rio-2016, entre outros campeonatos.

    A federação de atletismo do país terá de passar por um novo processo de certificação para reaver sua chancela para ter representantes em eventos no exterior.

    A agência antidoping russa (Rusada) também foi descredenciada pela Wada, por ter sido conivente com infratores das regras de antidoping. Ela vai tentar reconquistar a condição.

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