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    Nos pênaltis, Palmeiras vence Santos e conquista o tri da Copa do Brasil

    MARCEL RIZZO
    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    03/12/2015 00h21 - Atualizado às 02h01

    Nas mais de duas horas de futebol nesta quarta (2), não faltaram discussões, carrinhos, divididas, cantos da torcida, bandeiras, gols. Pulsação, em uma palavra.

    Do jogo que aconteceu no Allianz Parque, saiu a definição exata das ambições em 2016 de cada uma das equipes envolvidas na final da Copa do Brasil. E em pouco mais de 10 minutos, nos detalhes, tudo se resolveu.

    E aquele que estava a um degrau de se tornar ídolo de seu clube alcançou a consagração definitiva.

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    O goleiro Fernando Prass, 37, herói da classificação palmeirense à decisão com defesas impressionantes contra o Fluminense, foi protagonista na primeira final da Copa do Brasil decidida em cobranças de pênaltis na história e garantiu o 3º título do torneio da história de seu clube.

    As outras conquistas vieram em 1998 e 2012. Com a taça, o Palmeiras se mantém como o maior vencedor de títulos nacionais, com 11 (logo atrás vem justamente o Santos, com nove).

    "O Palmeiras é o time da virada", berrava a torcida palmeirense antes do jogo.

    Na primeira final que recebeu desde que foi inaugurado, o moderno estádio provou que pode vibrar como o antigo Palestra Itália. O barulho dos torcedores extrapolava os decibéis das centenas de fogos de artifício que explodiam nas ruas adjacentes ao estádio desde o começo do dia da decisão.

    Em casa, empurrado pelas arquibancadas, o Palmeiras conseguiu deixar de ser o time que em novembro inteiro, quando acumulou derrotas e empates no Brasileiro, parecia ter esquecido como jogar futebol.

    Aos 10 segundos de jogo, Gabriel Jesus recebeu grande passe de Barrios e, cara a cara com o goleiro, bateu fraco. Vanderlei desviou a bola.

    Acuados, os garotos do Santos não conseguiram mostrar a velocidade frenética e a troca de passes dinâmica de seus melhores momentos. Enquanto Gabriel perdia-se em discussões com adversários, Lucas Lima e Ricardo Oliveira pouco faziam.

    No Palmeiras, o centroavante Barrios mostrou oportunismo, mas suas finalizações esbarraram em boas defesas do goleiro rival.

    No segundo tempo, a toada parecia a mesma do primeiro. No entanto, aos 11 minutos, a equipe reeditou seus melhores momentos no ano. Barrios atuou como pivô com maestria e deixou a bola com Robinho, que rolou para Dudu só tocar para as redes.

    O atacante de 1,67 m se credenciaria a herói ao dar ao Palmeiras a vantagem que ele precisava para ficar com a taça. Aos 39 minutos do segundo tempo, após cobrança de falta de Robinho, ele fez o tento que parecia fechar a noite.

    Mas dois minutos depois, Ricardo Oliveira marcou e levou o jogo para os pênaltis.

    O enredo parecia traçado: o goleiro que foi líder da equipe na Série B, que quase foi rebaixado em 2014, e que garantiu o time na final, era sério candidato a herói.

    Mas Prass, 1,91 m, reservou uma surpresa que nem o último grande ídolo alviverde, o goleiro Marcos, foi capaz. Além de defender cobrança do Santos, apareceu como o último batedor da equipe.

    Dos pés de Prass saiu o primeiro título do Palmeiras em sua nova casa.

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