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    Corrupção no futebol

    Brasileiros devolverão R$ 37 mi aos EUA após admitirem crimes no futebol

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO
    MARCEL RIZZO
    DO PAINEL FC

    04/12/2015 12h33

    Os dois brasileiros que colaboraram nas investigações que pegaram Marco Polo Del Nero, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), os empresários José Margulies e Fabio Tordin, se declararam culpados na Justiça dos Estados Unidos. Eles fecharam um acordo de colaboração com as investigações e não foram presos.

    O primeiro, conhecido como José Lazaro, era o principal responsável pela empresa Valente Corp. e Somerton, intermediária que facilitou os pagamentos ilícitos entre executivos do marketing esportivo e autoridades do futebol, confessou todos os crimes aos quais estava sendo acusado: conspiração de extorsão, conspiração de fraude eletrônica e conspiração de lavagem de dinheiro.

    Como parte do acordo que fez com a Justiça americana, aceitou devolver US$ 9,2 milhões, cerca de R$ 35 milhões.

    Reprodução
    Ficha de José Margulies na página de procurados da Interpol
    Ficha de José Margulies na página de procurados da Interpol

    Até agora, o nome de Margulies aparece no site da Interpol como procurado. Ele se declarou culpado no dia 25 de novembro.

    Fabio Tordin, por sua vez, foi CEO da Traffic e depois virou executivo da Media World LLC, companhia de marketing esportivo com sede em Miami. Ele confessou o crime de conspiração de fraude eletrônica e evasão fiscal. Como parte do acordo, aceitou devolver US$ 600 mil, cerca de R$ 2, 2 milhões.

    DEL NERO E TEIXEIRA NA MIRA

    Na última quinta-feira (3), o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente da entidade, Ricardo Teixeira, foram indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusados de corrupção.

    Eles estão na lista de 16 acusados que tiveram os nomes divulgados nesta quinta (3) pelas autoridades dos Estados Unidos. O anúncio dos novos acusados fez parte de uma nova etapa da investigação que, em maio, culminou com a prisão de sete cartolas, entre eles o ex-presidente da CBF Jose Maria Marin, que se declara inocente, mas aceitou ser extraditado aos EUA para responder o processo.

    Segundo a investigação norte-americana, eles são acusados de estarem envolvidos em esquemas criminosos envolvendo mais de US$ 200 milhões (R$ 750 milhões) em subornos e propinas.

    "Os pagamentos de propina e suborno foram identificados por parte de empresas de marketing esportivo para diferentes executivos da Concacaf e Conmebol. Partidas das eliminatórias da Copa foram vendidas desta forma. Alguns negócios não aconteceram, seriam negócios futuros e que visavam as Copas de 2018 e 2022. São milhões de dólares em propinas num esquema que se alastra por décadas", afirmou o procurador-geral do Brooklin, Robert Capers.

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