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    Corrupção no futebol

    Paulistas votam em coronel Nunes, mas querem todo poder aos clubes

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    07/12/2015 21h45

    Em reunião na sede da Federação Paulista de Futebol, os times da Série A e B de São Paulo decidiram que vão votar em bloco nas eleições para vice-presidente da CBF.

    Eles vão apoiar o nome sugerido por Marco Polo Del Nero, o coronel Antonio Nunes, 77, do Pará, escolhido para impedir que o opositor Delfim Peixoto assuma em caso de vacância no cargo de presidente da confederação.

    Como contrapartida, querem mais poder aos clubes dentro da entidade máxima do futebol brasileiro, para controlar competições, comercialização dos campeonatos e também a arbitragem.

    Reprodução/Facebook/Federação Paraense de Futebol
    Crédito Reprodução Facebook Federação Paraense de FutebolLegenda: O presidente da Federação Paraense de Futebol, Antonio Carlos Nunes, 79
    O presidente da Federação Paraense de Futebol, coronel Antonio Nunes

    "Decidimos votar em bloco. Todos os paulistas vão votar no mesmo nome. Saímos da reunião unidos. Mas queremos mais poder aos clubes, que os clubes tenham mais voz na decisão", afirmou o presidente do Santos, Modesto Roma Jr.

    "[Coronel Nunes] É um um nome que tem capacidade pra isso, e não há também outro nome neste momento. Está preparado para isso", completou Paulo Nobre, do Palmeiras.

    Ao final da reunião, uma carta foi redigida, manifestando apoio ao candidato de Del Nero e fazendo as exigências em relação ao poder dos clubes.

    Perguntado sobre a paralisia dos dirigentes em relação ao momento delicado do futebol brasileiro e mundial, Modesto Roma Jr. respondeu que é um hora de "serenidade".

    Ele ainda defendeu que eleições sejam realizadas caso Del Nero seja suspenso pela Fifa, ou se renunciar ao cargo.

    Nem Paulo Nobre nem o dirigente santista, no entanto, quiseram falar sobre a situação do presidente licenciado da CBF, que na semana passada virou réu na Justiça americana, acusado de receber propinas em negociações de vários campeonatos.

    "Defendo que tudo seja investigado", disse Nobre.

    "Se houver alguma prova, defendo que renuncie", finalizou Roma Jr.

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