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    Na partida de despedida, Ceni sai do gol e se consagra no meio-campo

    ADRIANO MANEO
    DE SÃO PAULO

    11/12/2015 23h16

    Depois de 25 anos, a torcida são-paulina pôde, enfim, ver Rogério Ceni atuando na linha. Nesta sexta-feira (11), no Morumbi, o goleiro-artilheiro jogou como meio-campo por mais de um tempo na partida comemorativa entre os campeões mundiais de 1992/93 e os de 2005, que marcou sua despedida dos gramados.

    Ceni começou a partida no gol, mas, aos 30 minutos do primeiro tempo, substituiu Edcarlos na linha, levando a torcida à loucura. Ao entrar, ele tirou a faixa de capitão e a colocou em Lugano, cujo nome foi repetidamente cantado pelos torcedores, que pediam sua volta.

    Na chegada ao estádio, o zagueiro uruguaio havia sido questionado sobre uma possível volta ao São Paulo em 2016, mas desconversou: "Hoje é dia do Rogério".

    No meio-campo, Ceni mostrou habilidade, deu bons passes e quase fez um gol mitológico, mas demorou para marcar.

    Aos 40 minutos, pênalti para o time de 92/93. A pedido da torcida, Zetti foi para a cobrança. Como se fosse Ceni, ele converteu no ângulo.

    Enquanto o goleiro comemorava de costas para a bola, Ceni tentou um gol de cobertura do meio de campo. A bola passou por cima de Zetti, quicou na pequena área e saiu por cima do travessão.

    O gol de Ceni, porém, viria mais tarde, aos 27 minutos do segundo tempo e do jeito que ele está acostumado: cobrando pênalti. O adeus estava completo.

    FESTA

    A despedida foi uma verdadeira festa. No intervalo, Ceni, que é fã de rock, subiu ao palco e, sem a mesma habilidade mostrada nos campos, tocou guitarra e soltou a voz, junto da banda Ira!.

    Antes da partida, a torcida deu um espetáculo com seus bandeirões, luzes de celular e sinalizadores. Os jogadores e comissões técnicas foram apresentados um a um, e alguns especialmente aplaudidos.

    Entre os mais ovacionados estavam Cafu, Toninho Cerezo, Raí e Zetti, do time de 92/93, e Aloísio, Mineiro e Lugano, do time de 2005. Muricy Ramalho, recém-contratado pelo Flamengo, e Renê Santana, filho de Telê, também foram muito aplaudidos pelos torcedores.

    Doriva, volante campeão em 1993 e que neste ano teve uma passagem curta como técnico do São Paulo –acabou demitido após sete jogos– foi muito celebrado pelos são-paulinos, que cantaram seu nome.

    O meia Danilo, campeão mundial em 2005, não compareceu por ser jogador do Corinthians. Ele foi xingado pela torcida.

    Por último, e neste caso menos importante, a partida terminou com a vitória do time campeão de 2005 por 5 a 3.

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