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    Medalhistas olímpicos são convidados a voltar à seleção de basquete

    EDGARD ALVES
    COLUNISTA DA FOLHA
    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    14/12/2015 02h00

    Adrees Latif/Reuters
    Barbosa orienta Adriana em vitória contra a Austrália, nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, quando foram bronze
    Barbosa orienta Adriana em vitória contra a Austrália, nos Jogos de Sydney-2000, quando foram bronze

    A segunda-feira (14) será decisiva para o futuro da seleção feminina de basquete rumo aos Jogos do Rio-2016.

    Medalhistas olímpicos, Antônio Carlos Barbosa, 70, e Adriana dos Santos, 44, receberam convites da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), para serem, respectivamente, técnico e coordenadora da seleção feminina.

    Bronze nos Jogos de Sydney-2000, Barbosa substituiria Luiz Augusto Zanon, 52, que na sexta (11) renunciou ao cargo.

    "Está encaminhando", disse Barbosa à Folha ao ser questionado sobre a possibilidade de voltar à seleção. "Não está nada certo ainda, mas chega nessa hora e buscam um nome experiente", explicou o treinador.

    Barbosa faz trabalhos junto à CBB desde o ano passado, realizando clínicas e palestras no Brasil e no exterior. Segundo ele, sem vínculo com a entidade que deve visitar nesta segunda-feira.

    Ele assumiria a seleção a menos de oito meses da Olimpíada, mas em meio a uma crise entre os seis clubes da Liga de Basquete Feminino (LBF) e CBB.

    "Em um momento desses, se você não aceita o convite e cai fora, você não está certo", respondeu Barbosa sobre a chance de aceitar o cargo.

    Nas últimas semanas, os clubes ameaçaram não liberar jogadoras para a seleção, que tem evento-teste da Olimpíada, de 15 a 17 de janeiro, no Rio. O boicote aconteceria se não houvesse a troca de Zanon, entre outros pedidos de mudança no comando do basquete feminino no país.

    Uma das mudanças pode estar em curso com a chegada de Adriana, ex-jogadora da seleção –campeã mundial na Austrália-1994, prata nos Jogos de Atlanta-1996 e bronze em Sydney-2000.

    "Recebi o convite da CBB para coordenar o ciclo até a Olimpíada. Vou dar a resposta nesta segunda. Antes avisei que precisava conversar com meu marido e com o doutor Emerson [Assis, presidente da Unimed, para quem trabalha em um projeto social]", explica Adriana à Folha.

    Coordenadora da equipe de Americana até ano passado, a ex-atleta serviria para apaziguar os ânimos do basquete feminino no cargo de coordenadora da seleção.

    "Sei da guerra que existe entre a CBB e o colegiado de clubes. Se eu puder ajudar, eu vou. Mas sei que há muita coisa errada na CBB, muita mesmo, com as quais não vou compartilhar", afirma a ex-ala, hoje representante das atletas na Fiba (Federação Internacional de Basquete).

    "Tenho filha, marido, emprego, não vou sair de casa para ser um vaso ou uma planta. Se for assim, estou fora. Amanhã [segunda] vou conversar com eles. Quero que essa guerra termine e que as meninas tenham tranquilidade para a Olimpíada", conclui Adriana.

    A CBB não respondeu ao contato da Folha até a conclusão desta edição.

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