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    Corrupção no futebol

    EUA recusam carta de crédito, e Marin pede mais tempo para pagar fiança

    THAIS BILENKY
    DE NOVA YORK

    14/12/2015 07h22

    A defesa do ex-presidente da CBF José Maria Marin, 83, pediu para a Justiça de Nova York estender novamente o prazo de pagamento de parte da fiança de seu acordo de prisão domiciliar, após o governo dos EUA, que o acusa de envolvimento em escândalo de corrupção no futebol mundial, recusar carta de crédito de US$ 2 milhões.

    Em carta ao juiz Raymond Dearie, o advogado do cartola diz que o governo americano rejeitou a garantia por ser proveniente de instituição bancária brasileira, e não americana, mas que aceitou rever documentos –que precisam ser traduzidos.

    A informação foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" na noite deste domingo (13).

    "Eu asseguro a corte de que estamos trabalhando com total boa fé para completar essa tarefa", afirma a defesa, na carta assinada por Charles Stillman. "Ninguém pode duvidar disso".

    O acordo de Marin com a Corte de NY previu pagamento de US$ 1 milhão mais a carta de fiança como condição para que ele aguarde o julgamento em prisão domiciliar.

    "Temos um contratempo, mas eu respeitosamente insisto que tenhamos mais prazo", pede o advogado, notando que a acusação não concorda com o pleito.

    Há cerca de 15 dias, Marin fez o mesmo pedido alegando dificuldades para obter o US$ 1 milhão acertado com a Justiça. Na ocasião, o juiz consentiu. Não há manifestação pública de Dearie por ora acerca do pedido.

    Em tese, os pagamentos foram acertados como condição para que Marin possa permanecer em casa. São uma garantia da fiança total de US$ 15 milhões, que será exigida caso o réu não compareça à corte quando a Justiça determinar.

    O cartola também se comprometeu a usar tornozeleira eletrônica, é vigiado por câmaras de vídeo em seu apartamento e por um segurança e tem cinco fiadores.

    Marin tem uma audiência marcada nesta quarta-feira (16).

    O ex-presidente da CBF foi extraditado para os Estados Unidos em 3 de novembro, após cinco meses preso na Suíça. Ele é acusado pelo governo americano de participar de um esquema mundial de propinas e subornos no âmbito de comercialização de jogos e direitos de marketing de competições.

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