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    Corrupção no futebol

    Adidas admite romper com Fifa caso reformas não sejam feitas

    DE SÃO PAULO

    16/12/2015 11h28

    Herbert Hainer, presidente-executivo da multinacional alemã Adidas, declarou nesta quarta-feira (16) ao jornal alemão Handelsblatt que a empresa pode romper sua parceria de longa data com a Fifa devido aos escândalos de corrupção que têm envolvido a entidade.

    "Se a Fifa tiver sucesso em sua reforma, e no meu ponto de vista eles estão seguindo um bom caminho para isso, nós continuaremos a patrociná-los", disse.

    "Caso contrário, nós iremos refletir sobre quais são as alternativas."

    O atual contrato entre Adidas e Fifa tem duração até 2030. Os escândalos de corrupção em larga escala envolvendo a entidade máxima do futebol mundial fizeram com que outros patrocinadores, como Coca-Cola e Visa, manifestassem-se publicamente em repúdio. Até então, a Adidas mantinha uma posição mais contida.

    Questionado se tem medo de que os problemas da Fifa afetem a imagem da Adidas, Hainer negou.

    "Não podemos ser responsabilizados pelas maquinações criminosas de oficiais da Fifa", concluiu.

    Investigação na Fifa

    A Fifa vive a maior crise de sua história, que eclodiu após vir à tona a investigação conduzida pelas autoridades dos Estados Unidos, que levou no dia 27 de maio à prisão de sete cartolas em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

    Desde então, Blatter se mantém recluso na Suíça. Anunciou que não ficaria mais no posto a partir do ano que vem e criou um comitê para implementar reformas, que incluem, entre outras coisas, divulgação dos salários dos cartolas, uma regra de "ficha-limpa" para ser dirigente e um limite de mandato nas entidades ligadas ao futebol em todo o mundo.

    Mesmo assim, a Fifa não consegue sair do centro da crise no cenário internacional, o que tem incomodado os grandes patrocinadores, a maioria com contratos até a Copa de 2022, cujo torneio, aliás, tem sido alvo de denúncias de corrupção no processo de escolha da sede e de uso de trabalho escravo na construção de estádios.

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