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    Corrupção no futebol

    Por prisão domiciliar, ex-presidente da Conmebol acerta fiança de R$ 80 mi

    THAIS BILENKY
    DE NOVA YORK

    22/12/2015 12h47

    Luciana Whitaker/ Folhapress
    RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 26-11- 2015, 14h30: Entrevista com Juan Ángel Napout, presidente da Comenbol na CBF. (Foto: Luciana Whitaker/ Folhapress, ESPORTES)
    Juan Ángel Napout, presidente da Conmebol, preso na Suíça

    O paraguaio Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol, fez um acordo de prisão domiciliar com a Justiça americana que prevê fiança de US$ 20 milhões (cerca de R$ 80 milhões) caso ele fuja.

    O total de US$ 10 milhões (R$ 40 milhões) deveria ter sido depositado em favor dos Estados Unidos até a sexta-feira passada (18), mas sua defesa pediu extensão do prazo para até esta quarta-feira (23).

    Ele estava preso na Suíça desde o dia 3 de dezembro, acusado de cobrar propina de executivos para ceder direitos comerciais de torneios na América do Sul, e aceitou ser extraditado para os EUA no dia 7. Ele nega as acusações.

    O acordo de Napout prevê ainda uma carta de fiança bancária de US$ 7 milhões (R$ 28 milhões), a hipoteca de um imóvel avaliado em US$ 3 milhões (R$ 12 milhões), além de restrições de movimentação similares à imposta ao ex-presidente da CBF José Maria Marin.

    Como o dirigente brasileiro, o paraguaio não poderá manter contato com outros dirigentes, precisou entregar seus passaportes italiano e paraguaio, foi submetido a monitoramento eletrônico e precisa de autorização e supervisão para deixar sua residência. Ele também terá de custear segurança privada permanente dentro de casa.

    A fiança de Napout é uma das mais altas do caso, de mesmo valor que a de Alejandro Burzaco, ex-presidente da Torneos. Marin se comprometeu com US$ 15 milhões (R$ 60 milhões), caso fuja. E o o ex-vice-presidente da Fifa Jeffrey Webb, com US$ 10 milhões (R$ 40 milhões). A de Aaron Davidson, ex-presidente da Traffic USA, é de US$ 5 milhões (R$ 20 milhões).

    EX-PRESIDENTE

    O ex-presidente de Honduras Rafael Callejas, 72, também inicialmente denunciado no esquema, acertou sua liberdade mediante fiança de US$ 4 milhões (R$ 16 milhões), dos quais US$ 810 mil (R$ 3,2 milhões) teriam sido depositados em conta judicial.

    Indiciado depois de viajar por iniciativa própria aos EUA no dia 14, ele negou as acusações. Callejas foi presidente de Honduras entre 1990 e 1994 e integra comitê de marketing da Fifa.

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