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    Paulistas se reapresentam com reforços pouco badalados e incertezas

    ADRIANO MANEO
    CAMILA MATTOSO
    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    06/01/2016 02h00

    Nesta quarta-feira (6), os elencos dos quatro grandes clubes do estado, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, farão a reapresentação do começo da temporada. Como de costume, os jogadores passarão por exames médicos para avaliar suas condições de retorno e os clubes apresentarão os jogadores que foram contratados.

    Desta vez, ficará evidente uma situação que todos eles vivem atualmente: a dificuldade em trazer jogadores renomados, a batalha para segurar seus atletas de referência e a consequente incerteza que permeia os grupos. A crise financeira do país, com a desvalorização da moeda e o dólar a R$ 4, tem afetado negativamente a participação dos clubes brasileiros no mercado de transferências.

    O caso do Corinthians é um dos mais radicais. O meia Jadson transferiu-se para o Tianjin Quanjian, da China, ao passo que seu parceiro de posição, Renato Augusto, negocia com o Beijing Guoan, também do país asiático. Assim, o atual campeão brasileiro pode perder de uma só vez dois jogadores que em 2015 ficaram entre os melhores do principal torneio nacional.

    Como reposição, o clube trouxe Marlone, que disputou o Brasileiro pelo Sport, jogador que teve boas atuações nos últimos anos, mas ainda não atingiu o mesmo patamar dos meias que terá que substituir no Corinthians.
    Além dele, chegaram os desconhecidos Douglas Friedrich, goleiro, e Alan Mineiro, meia, ambos do Bragantino.

    No arquirrival Palmeiras, a situação é mais animadora, mas também ocorreram revezes e permanecem incertezas.

    O clube trouxe sete jogadores, mas nenhum deles pode ser considerado um atleta de potencial incontestável. O Palmeiras pagou cerca de R$ 13 milhões por 60% dos direitos econômicos do atacante Erik, do Goiás, eleito revelação do Brasileiro de 2014. O nome mais conhecido para 2016 era o volante Jean, que chegou a fazer exames médicos no clube, mas um desacordo financeiro entre os clubes fez com que a negociação não vingasse.

    O Palmeiras também não conseguiu renovar o contrato de empréstimo do zagueiro Jackson, que voltou ao Inter, e tem tido dificuldades em garantir a permanência do atacante Rafael Marques, do Henan Jianye. O clube chinês pede US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 6 mi), mas o Palmeiras fez ofertas de valores inferiores.

    No Santos e no São Paulo, a morosidade tomou conta.

    Fora da Libertadores, o time da Baixada tem concentrado seus esforços em manter seus principais jogadores, como Gabriel, Lucas Lima e Thiago Maia, sondados por gigantes europeus como Juventus e Paris Saint-Germain.

    O Al-Nassr, da Arábia Saudita, faz jogo duro com o Santos, e por isso Marquinhos Gabriel deve ter como destino o Corinthians. Como alternativa ao habilidoso jogador, o time da Vila Belmiro contratou Paulinho, ex-Flamengo.

    Em novembro de 2015, após a derrota por 6 a 1 para o Corinthians, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, prometeu uma reformulação completa no São Paulo. Até o momento, isso não aconteceu.

    Ao fim da temporada a equipe perdeu quatro jogadores; três deles peças chave do time. Além da aposentadoria de Rogério Ceni, saíram Luis Fabiano, Alexandre Pato e o zagueiro Edson Silva, que não teve o contrato renovado.

    Em contrapartida, a únicas contratações confirmadas até o momento são as do técnico argentino Edgardo Bauza e do zagueiro uruguaio Lugano. Segundo o empresário André Cury, há uma negociação pelo lateral-esquerdo Mena em andamento.

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