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    Promotoria pede que Neymar deponha como acusado por fraude, diz jornal

    DE SÃO PAULO

    08/01/2016 09h20

    A promotoria da Espanha pediu na quinta-feira (7) que o atacante brasileiro Neymar deponha como réu por dois delitos: fraude e corrupção entre particulares na investigação sobre crimes fiscais na sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2013.

    A solicitação, de acordo com o jornal "Mundo Deportivo", da Espanha, foi feita ao juiz José de La Mata, da Audiência Nacional, que ainda vai avaliar o pedido.

    A promotoria solicitará também, segundo o jornal, a presença (como réus) do presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, do ex-presidente do clube, Sandro Rosell, do pai de Neymar, bem como de Luis Álvaro de Oliveira e Odílio Rodríguez, ex-presidentes do Santos.

    O clube paulista e o Barcelona também deverão comparecer (como pessoas jurídicas).

    Réu na Justiça espanhola, Neymar é acusado pelo grupo DIS, que detinha parte dos direitos econômicos do atacante, de corrupção privada e estelionato em razão de contratos simulados.

    A Justiça espanhola vê indícios de irregularidade no contrato firmado entre Santos e Barcelona por 17 milhões de euros.

    O Santos Futebol Clube, o Barcelona e a N&N Consultoria, empresa da família de Neymar, também são réus no processo.

    Documentos mostram que o valor da negociação do atleta, feita em 2013, já bateu a casa dos 90 milhões de euros (R$ 385 milhões), segundo advogados que cuidam do caso.

    A DIS cobra 40% de todo o valor apurado, porcentagem que detinha dos direitos econômicos do atleta, que poderia chegar a 32 milhões de euros (R$ 140 milhões).

    Outro interessado em receber eventual diferença de valores da transação é a Federação das Associações dos Atletas Profissionais (FAAP). Ela, que por lei tem direito a ganhar 0,8% de todas as transferências realizadas no futebol brasileiro (nacionais e internacionais), também entrou como parte prejudicada na ação penal proposta pela DIS.

    Os réus podem ser condenados a pagar uma indenização, mas também à prisão. As penas dos dois crimes apontados, corrupção privada e estelionato de contrato simulado, variam de seis meses a quatro anos de detenção. Somadas, podem chegar a oito anos de prisão.

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