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    Ministério Público chama Leco para depor sobre relação com organizadas

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    23/01/2016 02h00

    O Ministério Público de São Paulo abriu nesta sexta (22) uma investigação sobre a relação do São Paulo com as torcidas organizadas.

    O órgão também decidiu chamar o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, para depor.

    À Folha, o dirigente admitiu que doa ingressos dos jogos para as uniformizadas e dá dinheiro a elas para a organização do Carnaval.

    Devido a essas declarações, o promotor Gilberto Nonaka, responsável pela área do consumidor, resolveu dar início à investigação.

    "Vamos propor ao São Paulo que assine um compromisso para não mais financiar as torcidas. O Corinthians assinou há cerca de um ano, e o São Paulo será convidado a fazer o mesmo", disse o promotor à reportagem.

    Por causa de uma investigação que começou em 2014, após a invasão de torcedores organizados ao centro de treinamento corintiano, quando o técnico ainda era Mano Menezes, o clube alvinegro assinou um Termo de Ajustamento de Conduta em dezembro do ano passado se comprometendo a não financiar mais as uniformizadas.

    No documento sobre o São Paulo, Nonaka afirma que a prevenção à violência no esporte é também de responsabilidade dos clubes e dos seus dirigentes.

    Ele cita o último episódio em que a torcida tricolor entrou em confronto com policiais. A confusão aconteceu no domingo (17) em partida da Copa São Paulo de futebol júnior, em Mogi das Cruzes. Na ocasião não houve distribuição de entradas, que eram gratuitas.

    Na abertura do inquérito civil, um dos trechos é: "Como o São Paulo confessa colaborar com a manutenção e o financiamento dessas violentas torcidas organizadas –que tanto têm afastado as famílias dos estádios– deve responder solidariamente pelos danos –patrimoniais e morais– que elas venham a causar à sociedade."

    OUTRO LADO

    Procurado pela reportagem, o São Paulo, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que não comentará o tema agora. Falará no inquérito assim que for intimado oficialmente.

    Na mesma entrevista que deu origem à investigação, Leco disse que repudia a violência e que o clube está à disposição das autoridades para participar do processo.

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