A Sadia informou na noite desta sexta-feira (29) que desde janeiro de 2016 não integra mais o pool de patrocinadores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Segundo a empresa, "a decisão ocorre no momento em que a marca está reavaliando sua estratégia de patrocínios".
A P&G foi a primeira patrocinadora a deixar a CBF após os escândalos de corrupção.
A CBF vive a maior crise da sua história após o início das investigações que atingiram tanto a confederação brasileira quanto a Conmebol e a Fifa.
Em dezembro, a Justiça dos EUA indiciou o então presidente Marco Polo Del Nero e o ex-presidente Ricardo Teixeira, acusados de participarem de esquemas criminosos envolvendo mais de US$ 200 milhões em subornos e propinas ligados principalmente a contratos de televisão.
Del Nero, investigado também pela Fifa, se licenciou do cargo. Em janeiro, ele reassumiu o comando da entidade para garantir que Antônio Carlos Nunes, presidente da Federação Paraense de Futebol e seu aliado, ocupasse a presidência após uma nova licença.
Além de Del Nero e Teixeira, as investigações da Justiça americana resultaram na prisão de outro ex-presidente da CBF. José Maria Marin, detido na Suíça em maio do ano passado, atualmente cumpre prisão domiciliar em Nova York.
P&G
A Folha apurou que a empresa rescindiu, em junho, o contrato com a confederação para a exibição da marca Gillette, depois de pouco mais de seis anos de parceria -o apoio começou em maio de 2009, para a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.
A alta do dólar foi importante na decisão -o acordo previa pagamentos com base na moeda americana-, mas o envolvimento da CBF nos esquemas de propina revelados por uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA foi determinante.
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