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    Dirigentes do Santos são alvos de investigação e podem ser denunciados

    CAMILA MATTOSO
    GRACILIANO ROCHA
    DE SÃO PAULO

    03/02/2016 21h43

    Depois de denunciar Neymar e seu pai, o Ministério Público Federal investiga também dirigentes do Santos, que podem ser alvo de uma segunda fase de acusações em processo sobre fraudes contratuais para o uso do direito de imagem do atacante.

    O órgão apura se Luis Álvaro de Oliveira e Odílio Rodríguez, ex-presidentes do clube, tiveram participação em sonegação de impostos. Outros dirigentes também podem ser investigados.

    De acordo com a denúncia, que já está com a 5ª vara da Justiça de Santos, o jogador recebeu quase cinco vezes menos em salário do que era referente aos direitos de imagem, com o objetivo de sonegar impostos.

    Nesse sentido, o MPF investiga se o clube também se beneficiou ao fazer isso, pagando menos taxas do que se colocasse todo o montante na carteira de trabalho –como o time não pode ser processado, seriam os dirigentes os responsabilizados.

    A Folha tentou falar tanto com Luis Álvaro como com Odílio, mas não houve resposta.

    DENÚNCIA

    Para o Ministério Público Federal, o pai de Neymar foi o "principal mentor e articulador de uma série de fraudes contratuais para o uso do direito de imagem de Neymar" e "a conduta do jogador, com a participação dos demais denunciados, gerou prejuízos milionários aos cofres públicos".

    Nesta terça (2), com a quebra do segredo de justiça do processo, o órgão se pronunciou pela primeira vez sobre a acusação de sonegação fiscal e falsidade ideológica contra Neymar, Neymar da Silva Santos e os cartolas do Barcelona Sandro Rossel e Jose Maria Bartomeu.

    Neymar pai e o filho negam as acusações e questionam o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, autor da denúncia.

    São investigadas empresas criadas para, segundo o MPF, pagar menos impostos dos vencimentos e contratos de publicidade do atleta quando ele atuava no Santos, de 2009 a 2013.

    A investigação aponta que as empresas criadas não tinham estrutura para gerenciar a carreira do atleta, pois contavam com apenas dois funcionários, ambos seguranças.

    No Brasil também se investiga, como na Espanha, os valores desembolsados pelo Barcelona para contratar o jogador.

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