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    Medalhista espanhola diz que pode desistir da Rio-2016 por causa da zika

    DE SÃO PAULO

    10/02/2016 13h02

    Sander Koning/12.dez.2015/Efe
    A nadadora espanhola Mireia Belmonte
    A nadadora espanhola Mireia Belmonte

    A espanhola Mireia Belmonte, 25, uma das principais nadadoras da atualidade, disse que pode desistir de disputar a Olimpíada do Rio, em agosto deste ano, por causa da proliferação do vírus da zika no Brasil.

    "Se a minha saúde corre perigo, pensarei sobre não ir aos Jogos do Rio. Ainda falta muito tempo para a Olimpíada e as coisas podem mudar, mas é importante saber que vamos estar seguros e que a nossa saúde não vai estar ameaçada", disse Mireia nesta quarta-feira (10).

    "Temos que nos informar bem sobre o que vamos encontrar lá", afirmou.

    Mireia é uma das grandes promessas de medalha para a Espanha na Rio-2016. Em Londres-2012, ela ganhou duas de prata (200 m borboleta e 800 m livre).

    No Mundial de piscina curta em Doha, no Qatar, em 2014, ela conseguiu quatro medalhas de ouro (200 m borboleta, 400 m medley, 800 m livre e 400 m livre).

    Na terça-feira (9), o diretor do Comitê Olímpico do Quênia, Kipchoge Keino, também disse que o país pode desistir de participar da Olimpíada por causa do vírus da zika no Brasil.

    Mais tarde, o comitê publicou comunicado dizendo que "ainda não tomou uma decisão específica" sobre o problema.

    Além disso, o chefe da equipe olímpica do país, Stephen Arap Soi, negou qualquer ameaça de boicote ao evento. "Está muito cedo", disse. "Nós garantimos que estamos nos preparando para ir ao Rio como planejado".

    O evento começará em menos de seis meses –vai de 5 a 21 de agosto.

    Na segunda-feira (8), a agência Reuters disse que os Estados Unidos também podem deixar de participar da Olimpíada por causa do zika. A informação, porém, foi negada pelo Comitê Olímpico dos EUA (USOC, na sigla em inglês).

    O presidente da Federação de Esgrima dos EUA, Donald Anthony, afirmava que a USOC havia dito a federações do país que atletas podem considerar não participar da Rio-2016 devido à proliferação do vírus da zika no Brasil.

    As federações, segundo Anthony, foram informadas que ninguém deve ir ao Brasil "se não se sentir confortável". A mensagem teria sido repassada em janeiro durante teleconferência envolvendo membros do comitê olímpico e líderes de federações.

    O porta-voz da USOC disse que o relato é "100% impreciso". Referia-se, segundo ele, a "uma discussão interna com líderes esportivos dos EUA sobre funcionários e os riscos potenciais que o CDC identificou em viagens a áreas infectadas pelo zika".

    A USOC disse que só foram repassadas às federações as recomendações do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), como o alerta a gestantes para que evitem viajar ao Brasil.

    COMBATE AO MOSQUITO

    Procurado pela Folha, o comitê Rio 2016 informou que está em contato permanente com os governos federal, estadual e municipal em busca de informações atualizadas sobre a propagação do vírus da zika. Afirmou que as instalações esportivas estão sendo verificadas diariamente em busca de possíveis focos do mosquito.

    Disse ainda que agosto e setembro são meses em que a incidência do mosquito cai a próximo de zero. O comitê ressaltou que a saúde e a segurança dos atletas é a sua prioridade número um.

    "De acordo com o órgão, "os próprios atletas farão questão de participar da Rio-16".

    Na semana retrasada, o Comitê Olímpico Internacional (COI) garantiu às delegações que irão viajar ao Rio em agosto que o evento estará seguro em relação ao zika, mas fez um apelo aos visitantes a se protegerem enquanto estiverem na região.

    O COI ofereceu aconselhamento para minimizar o risco de infecção do vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, e disse que os viajantes com destino ao Brasil devem consultar as agências de saúde de seus países.

    Entre as recomendações está o uso de repelente de mosquito e camisas e calças de manga comprida. As mulheres com suspeita de gravidez foram incentivadas a discutir a viagem com seus planos de saúde.

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