No São Paulo há 22 anos, Milton Cruz vive situação complicada no clube desde a eleição de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco.

Técnico interino na classificação do time para a Copa Libertadores, no final do Brasileiro de 2015, ele perdeu as funções mais importantes que acumulou nos últimos anos e tem dito que não se sente bem, em conversa com amigos. Segundo a Folha apurou, a impressão de Cruz é que foi deixado de lado.

Recontratado para o cargo de diretor-executivo, Gustavo Vieira de Oliveira foi quem o colocou em um novo posto, em tese para cuidar do departamento de estatísticas em criação no Morumbi –ainda muito embrionário.

Segundo a explicação dada no site do clube sobre o novo cargo de Cruz, ele seria responsável por levantar informações de possíveis reforços, além de acompanhar partidas dentro e fora do país.

Desde então, contudo, ele está fora das viagens com a delegação tricolor e fica em São Paulo treinando os atletas não relacionados. Tampouco foi consultado antes das seis contratações do clube nesta temporada. Se antes Cruz tinha papel ativo em contratações, agora já nem trata mais disso.

Seu papel ficou restrito apenas a ser um ajudante de Edgardo Bauza, com quem ele se dá bem, no dia a dia, e passar ao técnico informações sobre times brasileiros.

O fato de ser muito próximo de Abilio Diniz –informante, segundo o ex-presidente Carlos Miguel Aidar– também foi importante para a sua mudança de função.

Há ainda a explicação de que Cruz não estava atualizado para desempenhar as funções que antes executava, o que levou à decisão da diretoria de mudá-lo de área.

O São Paulo nega que ele tenha sido deixado de lado. O clube diz que Cruz está em fase de transição para assumir o núcleo de análise de desempenho, que ainda está sendo implementado.

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