A maior organizada do São Paulo, a Independente, protestou contra a má fase do time antes do jogo deste domingo (21), contra o Rio Claro, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista.

Michel Bastos, que ficou fora até do banco de reservas, foi o principal alvo dos torcedores. A intenção informada inicialmente pelos líderes da torcida era de esperar a chegada do ônibus, no portão principal do estádio, mas a passeata chegou depois da delegação.

A uniformizada entregou notas de dinheiro com a cara do jogador e carregou cervejas da marca Stella Artois, segundo eles "a preferida" de Michel Bastos –fazendo referência a uma foto velha que até hoje circula nas redes sociais, na qual ele está tomando uma garrafa de longneck.

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Vários torcedores foram vestidos com a camisa 7, que é a de Bastos, mas com o nome de "Migué Bastos".

Neste sábado (20), o atleta publicou um desabafo, explicando a briga que teve no vestiário com Lugano, que reestreou neste domingo com a camisa do São Paulo.

O uruguaio furou o pacto de silêncio que havia sido combinado dentro do grupo por causa dos atrasos de pagamentos.

Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente do clube, e Gustavo Vieira de Oliveira, diretor-executivo, também foram alvos do protesto. Os torcedores se vestiram com cartolas e uma camiseta preta com a palavra "mafiosos", tinham ainda um charuto nas mãos, tentando caracterizar as figuras de "cartolas".

Uma das faixas tinha o seguinte: "o único salário que não atrasa é o seu, Gustavo: R$ 120 mil". Como mostrou matéria da Folha, o dirigente voltou recebendo três vezes mais do que na primeira passagem e, agora, segundo o presidente Leco, também ganha bônus em vendas de jogadores.

O ônibus com a delegação do São Paulo chegou antes do protesto e entrou com tranquilidade no Pacaembu. O número do efetivo policial foi o mesmo de uma partida qualquer –109 policiais.

A manifestação foi pacífica durante toda a sua duração.

	Érico Leonan/Reprodução/saopaulofc.net
	Michel Bastos durante treino do São Paulo