O príncipe jordaniano Ali bin al Hussein, um dos cinco candidatos à presidência da Fifa, apelou ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para pedir o adiamento das eleições previstas para sexta-feira (26). A informação foi anunciada pelos advogados do candidato.

O recurso foi motivado pelo fato de que "a Fifa se opôs à petição de procedimento acelerado" do príncipe Ali para a instalação de cabines de votação transparentes, afirma um comunicado divulgado pelos advogados parisienses Francis Szpiner e Renaud Semerdjian. 

O candidato jordaniano solicitou na segunda-feira as cabines ao TAS, a principal jurisdição desportiva.

O príncipe jordaniano concorreu com Blatter à presidência da Fifa em maio de 2015. Ele conquistou 73 votos após o primeiro turno, mas abriu mão da disputa —Blatter recebeu 133.

Quatro dias depois, o suíço renunciou em meio ao maior escândalo de corrupção da história do futebol mundial e convocou novas eleições, que estão previstas para sexta-feira.

Além de Ali bin al Hussein, outros quatro candidatos concorrem à presidência da entidade: o suíço Gianni Infantino (secretário-geral da Uefa), Jérome Champagne, ex-secretário-geral adjunto da Fifa, o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, o sul-africano Tokyo Sexwale e o presidente da Confederação de Futebol da Ásia, Salman bin Ebrahim Al Khalifa.

Champagne apoiou o pedido de Ali por cabines transparentes em uma carta enviada aos advogados do jordaniano.

Candidatos à presidência da Fifa

CONFIA NA FIFA?

Em pesquisa realizada pelo site Transparência Internacional, 69% dos participantes disseram que não confiam na Fifa, outros 19% responderam que sim, enquanto 12% não souberam responder. A pesquisa teve a participação de 25 mil fãs de futebol por meio de um aplicativo de resultados em tempo real.