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    Corrupção no futebol

    Acirrada, eleição para presidente da Fifa tem 'caça' ao voto na reta final

    SÉRGIO RANGEL
    ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE

    25/02/2016 02h00

    Às vésperas da eleição, nesta sexta-feira (26), os candidatos à presidência da Fifa intensificaram o assédio a eleitores e começaram a negociar apoio para o segundo turno.

    Desde a manhã desta quarta (24), os cinco candidatos evitam declarações públicas e passam o dia em busca dos representantes de 207 confederações com direito a voto.

    O suíço Gianni Infantino e o xeque Salman bin Ebrahim al-Khalifa, do Bahrein, são os favoritos. O príncipe da Jordânia Ali bin al-Hussein, o francês Jérôme Champagne, e o sul-africano Tokyo Sexwale também disputam o pleito.

    A eleição é a mais acirrada da história da Fifa, que está mergulhada em uma crise desde maio, quando o FBI (polícia federal americana) prendeu dirigentes ligados à entidade por corrupção.

    À noite, Champagne se reuniu com representantes da América do Sul no bar de um hotel de luxo. Infantino e Al- Khalifa fizeram o mesmo com outros continentes.

    Nesta quinta (25), o xeque irá à reunião extraordinária da Conmebol na Suíça. Foi o único candidato chamado.

    Cartolas da América do Sul, que haviam anunciado apoio ao suíço Gianni Infantino em janeiro, agora fazem mistério sobre o candidato em quem votarão.

    A CBF também estuda mudar de lado. O representante brasileiro no Comitê Executivo da Fifa, Fernando Sarney, disse que Al-Khalifa é favorito. O xeque conta com o apoio da maioria dos países da Ásia e da África, dois continentes de peso no colégio eleitoral –somados, têm 100 votos. Infantino tem a maioria dos europeus, que somam 53 votos.

    A eleição dificilmente será decidida no primeiro turno –um candidato teria de obter dois terços dos 207 votos. A partir do segundo turno, quem conseguir maioria (50% + 1 voto) leva o cargo. Se isso não ocorrer, a cada turno, o último é eliminado.

    Por causa dessa regras, os candidatos preferem evitar críticas aos concorrentes. Champagne já definiu que vai apoiar o xeque se deixar a corrida eleitoral. Sexwale declarou também que vai apoiar um outro candidato em caso de derrota. Ele ainda não anunciou o seu escolhido.

    "Todos dizem que vão votar em mim. Não dá para saber o que vai acontecer", disse o sul-africano. "A única coisa certa é que o novo presidente terá que ter muita firmeza para enfrentar a realidade. O [Joseph] Blatter ganhou a última eleição e renunciou".

    Distribuição de votos por continente

    PREJUÍZO

    Na reunião do Comitê Executivo, órgão máximo da Fifa, funcionários relataram que a instituição fechou 2015 com prejuízo de US$ 103 milhões (R$ 412 milhões), o primeiro déficit desde 2002, quando a ISL, empresa de marketing da Fifa, faliu.

    O resultado é fruto da série de escândalos de corrupção envolvendo a entidade, que perdeu cinco patrocinadores.

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