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    Corrupção no futebol

    Fifa aprova reformas com limite de mandatos e divulgação de salários

    SÉRGIO RANGEL
    ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE

    26/02/2016 07h44

    Antes da eleição do novo presidente, a Fifa aprovou na manhã desta sexta (26) uma série de mudanças pra tentar dar mais transparência à entidade.

    Representantes de 179 países (89% do colégio eleitoral) votaram a favor das reformas propostas pelo camaronês Issa Hayatou, presidente interino.

    Alvo da investigação do FBI, o Comitê Executivo foi reformulado. O órgão, que se chamará agora Conselho, foi ampliado de 25 para 36 assentos, e seus integrantes não terão mais cargo vitalício.

    O Conselho também vai abrir pelo menos seis vagas para mulheres (mínimo de uma por continente).

    Os dirigentes aprovaram ainda a publicação anual dos salários do presidente, dos membros do Conselho e do secretário-geral.

    Os mandatos dos integrantes desses cargos, assim como de membros do Comitê de Auditoria e das instâncias judicais, foram limitados em no máximo 12 anos. Joseph Blatter comandou a Fifa por 18 anos. Já João Havelange ocupou o cargo por 24 anos. 

    "Está em jogo o futuro da Fifa depois de um ano de crises e mudanças. Devemos aproveitar esta ocasião e aprovar as reformas para construirmos a Fifa de uma maneira mais forte e evitar que acontecimentos destes últimos meses voltem a acontecer", disse o camaronês Issa Hayatou ao pedir os votos dos filiados.

    Desde maio, a Fifa protagonizou uma série de escândalos. Mais de uma dezena de dirigentes estão presos.  

    As medidas aprovadas no Congresso Extraordinário desta sexta se limitam apenas ao funcionamento da Fifa e não serão aplicadas às federações nacionais.

    Candidatos à presidência da Fifa

    Representante brasileiro no Comitê Executivo, o brasileiro Fernando Sarney será mantido no cargo no novo Conselho.

    No ano passado, ele substituiu Marco Polo Del Nero, investigado pela própria Fifa e pelo FBI por participar de um esquema de recebimento de propina na venda de direitos de torneios.

    Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, também já ocupou assento no comitê, mas renunciou ao cargo em 2012.

    Pelas novas regras, todos os futuros integrantes do Conselho terão que ser sabatinados e submetidos a investigação pela Fifa.

    Distribuição de votos por continente

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