• Esporte

    Saturday, 04-May-2024 12:39:48 -03

    Após 3 notas 10 com aéreos em 2015, Filipinho prepara novas manobras

    EDER FANTONI
    DE SÃO PAULO

    07/03/2016 17h00

    Kelly Cestari - 13.mar.2015/WSL
    O surfista brasileiro Filipe Toledo, o Filipinho, durante a etapa de Gold Coast, na Austrália
    O surfista brasileiro Filipe Toledo, o Filipinho, durante a etapa de Gold Coast, na Austrália

    O paulista Filipe Toledo foi uma das maiores surpresas do último Mundial de surfe. Ninguém venceu mais do que ele em 2015.

    Com apenas 20 anos, ganhou três etapas: em Gold Coast, na Austrália, no Rio e em Peniche, em Portugal. Venceu mais até mesmo do que o líder do ranking, o paulista Adriano de Souza, o Mineirinho, que terminou a temporada com dois triunfos.

    "Foi [um ano] excelente. Fiz boas baterias, venci e estou trilhando o meu caminho. Só faltou o título. Mas sigo na busca por ele", disse Filipinho em entrevista para a Folha.

    O surfista que nasceu em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e hoje mora na Califórnia, nos Estados Unidos, foi ainda o surfista que mais ganhou dinheiro em premiação nas etapas.

    Recebeu US$ 397,2 milhões, mais que Mineirinho e o australiano Mick Fanning, que angariaram, cada um, US$ 377 milhões entre as 11 etapas.

    Mas mais do que isso, Filipinho chamou a atenção por outro fator: o de abusar de manobras radicais e o de voar sobre as águas.

    Manobras do surfe; Crédito Ilustrações Lydia Megumi; Infográfico Alex Kidd e Pilker/Editoria de Arte/Folhapress

    Em 2015, Filipinho recebeu quatro notas dez –a máxima no Mundial. Dessas, três foram executando aéreos –duas no Rio e uma em Portugal. Para 2016, ele prepara mais surpresas. "A ideia é conseguir unir o clássico com o novo. E sempre sai alguma novidade. E esse é o meu estilo. É o que gosto de fazer", disse Filipinho.

    O paulista é um verdadeiro representante do estilo progressivo, que tem como base um repertório de manobras modernas. Gabriel Medina é mais um dessa classe. No Rio, em maio do ano passado, Filipinho deu show ao ganhar duas notas dez, uma delas na final contra o australiano Bede Durbidge.

    Mas esse tipo de surfe nem sempre é bem visto pelos mais conservadores e apaixonados pelas manobras mais clássicas, como rasgadas e batidas.

    É comum, por exemplo, ver críticas na página do Facebook da WSL (Liga Mundial de Surfe) ao estilo progressivo. "Vejo que muita gente não entende que o surfe evoluiu. Temos que valorizar as manobras clássicas, mas o novo está aí e não podemos ignorar isso. O ideal é conseguir unir os dois", afirmou. "O público mais velho sempre vai criticar o surfe mais atual, mas a molecada e o público mais jovem sabe da importância dessa união. Por isso curtem demais surfistas como John John [Florence], Julian [Wilson], Gabriel [Medina], Ítalo [Ferreira], etc", disse.

    Como a Folha já mostrou, o aéreo não é garantia de grandes notas.

    Em 2015, das 18 notas dez no Mundial, só quatro tiveram aéreo (três de Filipinho e uma de Medina). As outras foram com manobras clássicas ou tubos.

    Chamada - Mundial de Surfe

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024