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    Corrupção no futebol

    Vice da CBF quer que investigue se presidentes lesaram a entidade

    SÉRGIO RANGEL
    ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

    16/03/2016 12h57

    Divulgação - 7.dez.2015/Federação Catarinense de Futebol
    Delfim Peixoto, vice-presidente da CBF, durante evento da Federação Catarinense de Futebol
    Delfim Peixoto, vice-presidente da CBF, durante evento da Federação Catarinense de Futebol

    Principal opositor de Marco Polo del Nero, o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, vai pedir nos próximos dias uma investigação na CBF. Ele quer saber se Del Nero, Ricardo Teixeira e José Maria Marin, os últimos três presidentes da entidade, lesaram os cofres da confederação.

    Nesta quarta, em comunicado para a Justiça dos EUA, a Fifa declarou-se vítima do escândalo de corrupção que levou para a cadeia dezenas de cartolas da Conmebol e da Concacaf. A Fifa pede para receber uma parte - não especificada - dos US$ 190 milhões (R$ 725 milhões) milhões recuperados pelas autoridades americanas nesta investigação.

    A entidade quer que Del Nero, Teixeira e Marin devolvam US$ 5,3 milhões (quase R$ 20 milhões).

    "Não posso ser omisso. Tenho que saber o que aconteceu. As acusações são muito sérias", afirmou Peixoto, que também é vice da CBF.

    "Se isso aconteceu lá, pode ter se repetido aqui", acrescentou.

    Na semana passada, o cartola catarinense foi o único que contestou o balanço financeiro da CBF. Ele chegou a obter uma liminar na Justiça impedindo a votação do balanço. Três dias depois, a CBF cassou a liminar e aprovou as suas contas.

    Mesmo assim, ainda não publicou no seu site.

    A entidade alegava que teve um lucro de cerca de R$ 70 milhões em 2015.

    Com 75 anos, Peixoto era o primeiro na linha de sucessão da CBF, mas foi surpreendido por uma manobra da CBF, classificada como "golpe pelos opositores, em dezembro.

    Na ocasião, o presidente da Federação paraense de Futebol, coronel Antonio Nunes, 77, foi eleito vice da CBF para entrar na vaga de José Maria Marin, que está preso nos EUA.

    Pelo estatuto da entidade, o vice mais velho assume o poder me caso de renúncia.

    Del Nero está afastado da CBF desde dezembro após ser denunciado de se beneficiar de um esquema de recebimento de propina na venda de direitos de torneios no país e no exterior.

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