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    George Hilton deixa Esporte; Edinho Silva é favorito para assumir a pasta

    MARCEL RIZZO
    DO PAINEL FC
    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    16/03/2016 20h21

    Evaristo Sa - 27.nov.2015/AFP
    O ex-ministro do Esporte George Hilton durante entrevista
    George Hilton (PTB) durante entrevista

    Com a nomeação de Lula para a Casa Civil e uma dança das cadeiras em ministérios em execução, George Hilton (PRB) deixará o cargo de ministro do Esporte do governo de Dilma Rousseff.

    Hilton ocupava a função desde o início de 2015, sucedendo Aldo Rebelo (PC do B).

    A tendência é que Dilma e Lula optem por um político da base aliada, já que o PRB rompeu com o governo.

    A Folha apurou que o petista Edinho Silva, que chefia a Secom (Secretaria de Comunicação Social), é o preferido. Ele assumiria a pouco mais de quatro meses da Rio-2016.

    No dia 11 de março, Marcos Pereira, presidente do PRB, assinou artigo na Folha em que dizia apoiar o impeachment de Dilma. Foi o primeiro passo da saída do partido da base governista. Hilton defendeu publicamente Dilma, afirmando que Pereira se esquecera de conquistas que o PT teve nos anos de governo.

    A presidente recebeu bem a defesa, e Hilton imaginava ser mantido no cargo. Além da defesa pública, pesou a favor o fato de os Jogos estarem próximos e uma mudança poderia afetar a organização.

    Edinho já era um dos principais interlocutores do Planalto em temas esportivos e negociava, por exemplo, o nome do presidente da Apfut, o órgão criado para fiscalizar os clubes sobre as contrapartidas do Profut (lei de responsabilidade fiscal do futebol).

    Edinho também havia sido cotado para presidir a APO (Autoridade Pública Olímpica), mas acabou não sendo indicado para o cargo.

    CRÍTICAS

    Assim que foi apontado para suceder Aldo Rebelo, Hilton foi alvo de críticas por não ter ligação com o esporte.

    Em dezembro de 2014, quando anunciada sua indicação, a ONG Atletas pelo Brasil, capitaneada pelos ex-atletas Raí e Ana Moser, divulgou carta de repúdio à nomeação. A entidade afirmou que Dilma perdia uma grande chance de melhorar a gestão do esporte no país.

    Hilton adotou uma conduta conciliadora, reunindo-se com dirigentes de federações, atletas e manteve parte da base do antecessor, principalmente em cargos técnicos.

    Em sua gestão, foi aprovado o Profut, a lei de responsabilidade fiscal do futebol, e prorrogada até 2022 a lei de incentivo ao esporte -que permite a empresas deduzirem impostos em troca de investimento no esporte.

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