O grupo empresarial chinês Wanda é o novo patrocinador da Fifa. O acordo foi anunciado nesta sexta-feira (18) pela entidade, que que não mencionou os valores do contrato.

"Temos o prazer de acolher o Grupo Wanda à Fifa. Uma empresa que tem uma longa associação com o futebol, tem sido um parceiro ativo do jogo por muitos anos e compartilha do nosso entusiasmo para desenvolver e fortalecer o futebol", disse o suíço Gianni Infantino, presidente da Fifa.

"Acordo comerciais são confidencias. Não podemos falar sobre isso. A única coisa que posso garantir é que um contrato importante para ajudar a Fifa", acrescentou.

De acordo com a Fifa, Wanda terá direitos nas competições até o Mundial de 2030. 

A Wanda é o primeiro patrocinador da Fifa na era do suíço Gianni Infantino, eleito novo presidente da entidade no último dia 26.

Na quinta-feira, a Fifa (Federação Internacional de Futebol) anunciou uma perda de 122 milhões de dólares (cerca de R$ 442 milhões) no exercício de 2015. É o primeiro déficit desde 2002, em grande medida pelos custos provocados pelos escândalos de corrupção atingiram a organização nos últimos meses.

GRUPO WANDA

O Wanda possui mais de 200 centros comerciais, cinemas e hotéis de luxo em toda a China. O grupo chinês, especializado inicialmente no setor imobiliário, iniciou uma diversificação nos últimos anos com aquisições, especialmente no exterior, na área de cinema e mais recentemente nos esportes.

Em 2012, o grupo Wanda entrou para o mundo da produção cinematográfica ao comprar a emissora americana AMC Entertainment, por US$ 2,6 bilhões.

Recentemente, o grupo fez a aquisição da comprou o estúdio Legendary, gigante dos filmes de ação, a empresa que organiza corridas de resistência Ironman, do grupo suíço de marketing esportivo Infront, e de 20% do clube de futebol espanhol Atlético de Madrid.

Wang, ex-militar e filho de um capitão do exército chinês, fundou o grupo Wanda nos anos 1980 e aplicou na empresa uma disciplina militar. Ele é a 15ª pessoa mais rica do mundo, segundo uma classificação da "Bloomberg", que calcula sua fortuna em US$ 31 bilhões.