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    Retirado do futebol, Ataíde diz que errou ao aceitar cargo na gestão Aidar

    ADRIANO MANEO
    DE SÃO PAULO

    21/03/2016 14h07

    Erico Leonan/ saopaulofc.net
    Ataíde durante entrevista
    Ataíde durante entrevista

    Retirado da vice-presidência de futebol do São Paulo na última sexta-feira (18), Ataíde Gil Guerreiro afirmou que errou ao aceitar o cargo na gestão do ex-presidente Carlos Miguel Aidar e que tinha atualmente restrição da torcida e da diretoria.

    Ele começou como homem forte do futebol no início da gestão Carlos Miguel Aidar, em abril de 2014, e se manteve até semana passada, quando foi anunciada sua saída. Ele assumirá agora o cargo de diretor de relações institucionais.

    "Meu maior erro foi ter aceitado o cargo lá atrás. Eu não pensei no que poderia acontecer. O maior acerto é a modernização que estamos fazendo, um trabalho de scout, que está ficando pronto. Na base, o trabalho que estamos fazendo. Vocês vão ver no futuro os jogadores, além dos que estão aqui. Esse intercâmbio vai ser cada vez maior", avaliou o dirigente, que diz ter restrição de conselheiros e diretores.

    "Há dois lados. Um do conselho e outro da torcida. Se um dos lados fosse favorável, poderia seguir na luta. Mas não tinha. Tinha restrição total da torcida e de grande parte do Conselho. Desse jeito, era ruim seguir assim. O reflexo caía sob o presidente. A pressão ia para cima dele também", acrescentou.

    "No ano passado, tivemos a perda de um time de futebol, por vendas e depois no fim de ano, jogadores que eram fundamentais dentro do São Paulo, que decidiam. A partir daí, trouxemos um técnico que colocasse organização no futebol, e dentro daquilo que tínhamos, sabendo que tínhamos necessidades de reforços. E não tínhamos recursos, agora o Leco está fazendo esforço para que tenhamos esses reforços. A partir daí, esses resultados não vindo, fiquei em situação complicada, da torcida e do conselho. E tinha o Leco tentando segurar minha posição para eu não sair totalmente derrotado. Aí tivemos uma conversa na sexta, ele é meu amigo, e eu disse para ele, 'a situação está complicada'. E ele disse: é verdade. Qualquer coisa que acontece a culpa é sua. E decidimos", completou Ataíde, que foi o pivô da renúncia de Aidar.

    NOVO DIRETOR DE FUTEBOL

    A princípio, o São Paulo não nomeou um novo vice-presidente de futebol. O clube optou por colocar Luiz Cunha como novo diretor de futebol profissional.

    Em sua primeira entrevista, Cunha disse ser prematuro analisar questões internas do time e explicou sua ligação com o São Paulo e com o futebol de base do clube.

    "A priori, vamos continuar o trabalho do Moreno [Rubens, ex-diretor de futebol] e do Ataíde. O trabalho da base começou aqui, eu era um seguidor do Ataíde. Foi fruto de um trabalho de nossos antecessores na diretoria e a chefia forte e cobradora do Ataíde. Vamos continuar esse trabalho", afirmou Luiz Cunha, apresentado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva.

    O novo diretor também foi perguntado sobre o trabalho do técnico Edgardo Bauza. "Futebol é resultado, mas a contratação de um profissional leva em conta o tempo de trabalho de maturação para que os resultados venham. Eu estive pouco com ele, apenas dois dias, mas criei a convicção de que a contratação dele foi muito bem feita, e ele terá de mim todo apoio para maturar o trabalho dele, e trazer os resultados que a gente espera", completou.

    Erico Leonan/ saopaulofc.net
    Luiz Cunha, novo diretor de futebol do São Paulo
    Luiz Cunha, novo diretor de futebol do São Paulo
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