A diretoria do São Paulo demitiu nesta quinta-feira (24) Milton Cruz, que ocupava o cargo de coordenador técnico no clube.

Há 22 anos na equipe, ele era questionado no Morumbi desde o final da gestão de Carlos Miguel Aidar e início da de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco.

Milton Cruz fazia parte da comissão técnica do São Paulo desde 1994, tendo passado pelo cargo de assistente técnico e técnico por diversas vezes. No ano passado assumiu a equipe no final do Campeonato Brasileiro, depois que Doriva foi demitido, e levou a equipe à classificação na Libertadores, mas foi escanteado neste ano.

Homem de confiança de Abílio Diniz, foi afastado da tomada de decisões dentro do clube e colocado pelo diretor-executivo Gustavo Vieira de Oliveira para cuidar do departamento de análise de desempenho e ficou longe do campo antes de ser demitido.

Até o ano passado, Cruz tinha papel ativo em contratações, mas nesta temporada não foi consultado sobre os reforços assinados pelo clube.

Seu papel ficou restrito apenas a ser um ajudante de Edgardo Bauza, com quem tinha boa relação, no dia a dia, e passar ao técnico informações sobre times brasileiros.

Entretanto, ele não ficava mais dentro de campo durante as partidas, nem viajava mais com o time.

A Folha tentou falar com Cruz, mas ele não atendeu às ligações.

CRÍTICA

Em fevereiro, após a derrota do São Paulo para o The Strongest (BOL) pela Taça Libertadores, Milton Cruz foi criticado, juntamente com alguns jogadores, por um assessor da presidência do clube.

"Erva daninha deve ser cortada pela raiz... Michel Bastos e Milton Cruz fazem mal ao ambiente do clube", afirmou o assessor pelo Facebook.

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