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    Campeonato Paulista

    Presidente do Palmeiras se diz 'constrangido' por goleada

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    28/03/2016 17h51

    Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
    Lance do jogo entre Palmeiras e Água Santa
    Lance do jogo entre Palmeiras e Água Santa

    Nesta segunda-feira (28), um dia após a goleada sofrida por 4 a 1 para o Água Santa em Presidente Prudente, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, afirmou estar "constrangido" pelos resultados recentes e não entender os motivos do fraco desempenho da equipe.

    Em entrevista coletiva no centro de treinamento do clube, na Barra Funda, Nobre defendeu os jogadores e o técnico Cuca, há apenas duas semanas no cargo, criticou a torcida organizada Mancha Alvi Verde por ter invadido o CT no sábado (26) e admitiu que as chances de classificação na Taça Libertadores e no Campeonato Paulista são difíceis.

    "Como presidente, estou extremamente constrangido com os últimos resultados do Palmeiras. E o constrangimento é dividido por todos os jogadores e todos os profissionais envolvidos. Os resultados são inadmissíveis", iniciou.

    "Não existe racha nem laranjas nesse elenco. Se houvesse, seria fácil, bastaria cortá-los", continuou, referindo-se a boatos de desavenças entre atletas.

    "O Cuca, que acabou de chegar, é o comandante ideal para esse momento de dificuldade e também para o grupo do Palmeiras", avaliou.

    Sobre a invasão da organizada, com a qual tem relações estremecidas, ele adotou tom ríspido.

    "Não tenho nada contrário a qualquer torcedor, uniformizado ou não. Mas as conversas com o elenco cabem aos profissionais, e não ao torcedor. Não ajuda em nada, nunca ajudou [invadir]. São desordeiros que acham que pode falar com jogar, ou que podem mandar em alguma coisa. A torcida não tem o direito de invadir a casa dos outros, com base na pressão", disse, ressaltando que, mesmo assim, a invasão não explica o mau desempenho da equipe.

    Perguntado sobre os motivos da fase ruim, ele revelou que também tem dificuldades em entender.

    "Acho que o Cuca vai saber explicar [o porquê não está dando certo]. Eu acho que não está dando liga, e eu não sei explicar o porquê, já que esse mesmo elenco foi campeão da Copa do Brasil, e agora não está encaixando", disse, acrescentando que acredita na história de superação do clube, a despeito das situações complicadas em que se encontra no Paulista e na Libertadores.

    "Está difícil a classificação nas duas. Mas o Palmeiras, na sua história, é o time das façanhas impossíveis, desde a eliminações por times que ninguém esperava até superações históricas, como em 2009 [na primeira fase da Libertadores], com o gol quase do meio de campo do Cleiton Xavier", concluiu, descartando o rebaixamento no torneio estadual. "Seria desastroso, mas não acho que vá acontecer."

    CLASSIFICAÇÃO AMEAÇADA

    Terceiro colocado no Grupo 2 da Libertadores, com quatro pontos, o Palmeiras volta a jogar no dia 6 contra o Rosario Central, na Argentina. Se o time alviverde for derrotado, estará eliminado com uma rodada de antecedência. Em caso de empate, a definição da vaga será na última rodada —mas a equipe treinada por Cuca dependerá de uma combinação de resultados.

    A vitória contra o Rosário, adversário considerado pelo próprio Cuca como o mais forte dentro do grupo, é essencial para o Palmeiras depender apenas de si no último jogo, diante do River Plate (URU).

    No Paulista, o Palmeiras é o quinto do Grupo B, com 15 pontos. Após três derrotas consecutivas, as chances de classificação caíram e agora dependem até do maior rival, o Corinthians, para avançar às quartas de final da competição.

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