Na última temporada, a diretoria do Palmeiras montou um elenco praticamente do zero com a ambição primordial de conquistar vaga na Libertadores, seja pelo Brasileiro, seja pela Copa do Brasil.

Teve sucesso no planejamento. Em 2016, com o mesmo grupo reforçado por contratações ambiciosas –como Jean, do Fluminense, e Erik, do Goiás, o objetivo desde o início era brigar pelos títulos das competições.

No entanto, a primeira partida com caráter de decisão que a equipe enfrentará nesta temporada será contra o modesto Rio Claro, nesta quinta (31), no Pacaembu.

Com quatro derrotas acumuladas desde a chegada de Cuca, o Palmeiras passou a flertar com o rebaixamento no Paulista, e a vitória contra o time do interior se tornou indispensável para a equipe, que após os resultados desta quarta está a apenas dois pontos da zona da degola.

Há uma miríade de problemas a perturbar o Palmeiras que poderiam ser amenizados com uma vitória contra o Rio Claro.

O primeiro deles, mais emergencial, é escapar do rebaixamento, ameaça que persegue o clube no século 21, deu uma folga em 2015 e parecia que sumiria do horizonte por algum tempo.

Depois de enfrentar o Rio Claro, o Palmeiras terá duas partidas de alto grau de dificuldade. No domingo (3), enfrentará o Corinthians, no Pacaembu, e na quarta-feira (6) jogará contra o Rosario Central, em Buenos Aires, quando, se derrotado, dará adeus às possibilidade de classificação à próxima fase da Libertadores.

Aliviar-se do peso da ameaça de queda é fundamental nesse momento, além de devolver o Palmeiras à briga por vaga nas quartas do Paulista.

PANELA DE PRESSÃO

O resultado positivo também ajudaria a esfriar a panela de pressão na qual o Palmeiras se transformou e que, segundo os jogadores, tem atrapalhado em campo.

Na segunda (28), a reportagem ouviu o volante Gabriel reclamar da "energia negativa" a um membro da comissão técnica. Na terça (29), já em Atibaia, Rafael Marques disse que ele e os demais companheiros têm errado lances nos quais não costumam falhar devido ao clima nas arquibancadas.

Nesta quarta (30), o atacante Alecsandro disse que não tem conseguido dormir e ressaltou que "a bola não pode queimar nos pés" de atletas mais experientes, como ele, Arouca, Robinho e Prass.

No sábado (26), a torcida organizada Mancha Alvi Verde invadiu o centro de treinamento do Palmeiras. No domingo (27), os ônibus dos jogadores e da comissão técnica foram apedrejados no retorno de Presidente Prudente após a goleada por 4 a 1 para o Água Santa. Depois dos episódios, o clube decidiu refugiar-se no interior.

Por fim, uma boa exibição contra no Pacaembu contribuiria para a definição de um padrão de jogo para a equipe, que atualmente é uma mescla da herança de Marcelo Oliveira com as mudanças imediatas promovidas por Cuca.

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PALMEIRAS
Prass; Jean, T. Martins, V. Hugo e Egídio; Gabriel, M. Sales, Arouca e Robinho; G. Jesus e Alecsandro (Barrios). Técnico: Cuca

RIO CLARO
Alemão; L. Felipe, A. Silva, L. Coelho e T. Cristian; Elsinho, Maurício, Chico e L. Costa; L. Xavier e Romarinho. Técnico: Sergio Guedes

Estádio: Pacaembu
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza
TV: 20h30, pay-per-view