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    Lava Jato

    Comitê do Corinthians analisa vice preso; presidente nega afastamento

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    31/03/2016 12h26 - Atualizado às 14h41

    Danilo Verpa - 23.mar.2016/Folhapress
    SAO PAULO - SP - 22.03.2016 - Suspeito e levado para dentro da Policia Federal de Sao Paulo, na Lapa, durante a operacao Xepa. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, PODER) ORG XMIT: OPERACAO XEPA PF //////// O vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, o André Negão, chega à PF de São Paulo, na Lapa, para depor.
    O vice do Corinthians, André Luiz de Oliveira, o André Negão, chega à PF de São Paulo para depor

    A Comissão de Ética do Corinthians vai analisar a situação do vice-presidente do clube, André Luiz de Oliveira, o André Negão, acusado pelo Ministério Público Federal na Operação Lava Jato e preso por porte ilegal de armas.

    Na última semana, o dirigente foi citado na Operação Xepa, a 26ª fase da Lava Jato, acusado de receber R$ 500 mil de propina da Odebrecht, em outubro de 2014. Na época, ele não tinha nenhum cargo no clube. A Odebrecht foi a responsável pela construção da Arena Corinthians.

    O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Guilherme Strenger, tomou a decisão nesta quarta-feira (30).

    Também foi criado um grupo que vai analisar os resultados de auditorias feitos na Arena Corinthians. Um estudo está sendo realizado no estádio neste momento e deve ser entregue no fim do mês.

    Presidente do clube, Roberto de Andrade defendeu o vice nesta quinta-feira (31). O mandatário afirmou que André Negão deve continuar no cargo.

    "Não existe (chance de) afastamento, porque ele é um vice eleito. Tem que ser por conta dele. Nós temos que esperar as coisas acontecerem, não vamos prejulgar ninguém", declarou Roberto de Andrade.

    O cartola também negou que a Lava Jato pode comprometer a venda dos naming rights do Itaquerão.

    "Não há impacto. Não existe nenhuma investigação ao Corinthians. O que surgiu foi o nome do vice-presidente. Isso está em nome dele, é pessoal. Eu não tenho nada para falar da vida pessoal de ninguém. O que a Justiça precisar do Corinthians, estaremos à disposição", afirmou.

    ACUSAÇÃO

    De acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, a construção do estádio —palco da abertura da Copa do Mundo-2014—, foi viabilizada com o pagamento de propina pela Odebrecht.

    Lima disse que os rastros de repasses ilegais apareceram em planilhas apreendidas que indicam o envolvimento da diretoria da Odebrecht que cuida da gestão do contrato com o Itaquerão. Segundo ele, a lista dos destinatários dos pagamentos ainda está em análise inicial.

    Conforme o Ministério Público Federal, o diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, Antônio Roberto Gavioli, responsável pela obra da Arena do Corinthians, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 500 mil, em data não identificada, para pessoa identificada pelo codinome "Timão", que é, segundo o órgão, o vice-presidente do Corinthians, André Negão.

    Com informações da Lancepress

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