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    Rivais, gêmeas deixam de trocar dicas às vésperas de final da Superliga

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    02/04/2016 02h00

    Sérgio Lima/Folhapress
    As gêmeas Michelle (esq.) e Monique após treino nesta sexta-feira
    As gêmeas Michelle (esq.) e Monique após treino nesta sexta-feira

    As duas conviveram por toda a vida como se tivessem uma identidade única.

    Mais que o rosto idêntico, ambas cunharam suas trajetórias no vôlei, desde a infância até a idade adulta.

    Começaram nas categorias de base do Fluminense e, ao longo de quase toda a carreira, atuaram juntas em equipes de ponta do Brasil.

    Quis a circunstância que neste domingo (3), justamente no momento em que atravessam seus ápices, Monique e Michelle Pavão estejam em lados opostos da rede.

    As gêmeas de 29 anos são destaques do Rio de Janeiro e do Praia Clube, respectivamente, que decidem o título da Superliga feminina de vôlei a partir das 9h, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília.

    Monique é oposto do Rio de Janeiro, que faz sua 12ª final consecutiva do torneio e foi o melhor time até agora.

    Ao menos na posição, Michelle diverge da irmã. Ela é ponteira do Praia Clube, de Uberlândia, que disputa sua primeira taça do Nacional.

    Na segunda-feira (28), antes de o Rio bater Osasco e o Praia Clube derrotar o Minas nas semifinais, as duas trocaram mensagens. "Eu vou para a final, você vai?", indagou Monique a sua gêmea.

    Michelle, a melhor em quadra, levou seu time à final.

    Desde então, as duas têm mantido contato restrito, apenas por mensagens. Algo bem diferente para elas, unidas desde o ventre e que sempre foram ligadas no vôlei.

    "Costumamos nos falar todos os dias. De vôlei mesmo. Uma analisa a outra, dá dicas. Eu assisto aos jogos dela e ela aos meus", diz a oposto, que já ganhou um título da Superliga, mas na reserva.

    Monique conta que ambas acertaram de praticamente não se falarem nesta semana decisiva. "É um momento mais reservado e o que tinha de ser conversado entre a gente já foi", comenta.

    Não é exatamente uma situação nova para as duas. Elas atuaram juntas no Macaé e no próprio Rio, mas jogaram separadas no Minas, Brasília e Sesi, por exemplo.

    "Tivemos de nos acostumar a ficar separadas. Mas, por outro lado, estamos mostrando nosso potencial individualmente", diz Monique.

    A irmã emenda. "Cada uma escolheu o melhor pra sua carreira. Entendemos isso numa boa. Faz parte da profissão", diz Michelle.

    Nesta temporada, as irmãs decolaram. Monique, por exemplo, briga por vaga na seleção brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio –Michelle também teve passagens pela equipe nacional.

    Fique a taça com Rio ou Praia, quem lucra é a família Pavão. Pai e mãe das jogadoras, Robson e Carmen assistirão à partida da arquibancada do Nilson Nelson orgulhosos de suas gêmeas.

    *

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