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Esporte
Wednesday, 26-Jun-2024 02:45:38 -03Presidente do Palmeiras apoia torcida única, mas não vê ação como suficiente
DE SÃO PAULO
06/04/2016 00h11
Após a Secretaria de Segurança Pública tomar a decisão de ter apenas torcida única em clássicos paulistas, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, demonstrou apoio à medida adotada depois da série de episódios de violência no último domingo (3), antes e depois do jogo entre o time alviverde e o Corinthians, no Pacaembu.
Em um vídeo publicado pelo Uol —empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha— nesta terça-feira (5), o mandatário afirmou que, apesar de concordar com a ação do governo paulista, isso não extinguirá os confrontos entre torcedores.
"Toda e qualquer medida que venha no sentido de coibir a violência ligada ao futebol terá o apoio da Sociedade Esportiva Palmeiras. Porém, não adianta se iludir achando que o simples fato de num clássico com torcida única a violência acabou. Isso porque esses vândalos travestidos de torcedor de futebol podem muito bem se agrupar para promover a selvageria, como aconteceu no domingo passado, mesmo não podendo ir ao estádio", disse Nobre durante o vídeo.
"É muito importante que o Estado seja municiado de recursos para efetiva coerção dessa violência. É muito importante leis mais duras, processos mais sérios para que esses bandidos tenham a certeza da punibilidade. Só quando se individualizar as penas e realmente punir aqueles que de fato sujam e denigram a imagem do futebol é que as coisas vão começar a mudar", completou.
Além dessa medida, válida até 31 de dezembro deste ano, outras duas ações foram anunciadas pelo governo: os clubes não poderão mais entregar ingressos separadamente para as organizadas e elas estarão proibidas de levar adereços que as identifiquem para os estádios, como camisetas, bandeiras, faixas e instrumentos musicais com os seus símbolos -camisas de clubes não estão proibidas.
Participaram da reunião representantes da Federação Paulista de Futebol (FPF), do Ministério Público, do Poder Judiciário, da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Já as três das principais torcidas organizadas do Estado de São Paulo (Gaviões da Fiel, Mancha Alvi Verde e Independente) lamentaram a decisão do governo.
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