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    Campeonato Paulista

    Presidente do Palmeiras apoia torcida única, mas não vê ação como suficiente

    DE SÃO PAULO

    06/04/2016 00h11

    Após a Secretaria de Segurança Pública tomar a decisão de ter apenas torcida única em clássicos paulistas, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, demonstrou apoio à medida adotada depois da série de episódios de violência no último domingo (3), antes e depois do jogo entre o time alviverde e o Corinthians, no Pacaembu.

    Em um vídeo publicado pelo Uol —empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha— nesta terça-feira (5), o mandatário afirmou que, apesar de concordar com a ação do governo paulista, isso não extinguirá os confrontos entre torcedores.

    "Toda e qualquer medida que venha no sentido de coibir a violência ligada ao futebol terá o apoio da Sociedade Esportiva Palmeiras. Porém, não adianta se iludir achando que o simples fato de num clássico com torcida única a violência acabou. Isso porque esses vândalos travestidos de torcedor de futebol podem muito bem se agrupar para promover a selvageria, como aconteceu no domingo passado, mesmo não podendo ir ao estádio", disse Nobre durante o vídeo.

    "É muito importante que o Estado seja municiado de recursos para efetiva coerção dessa violência. É muito importante leis mais duras, processos mais sérios para que esses bandidos tenham a certeza da punibilidade. Só quando se individualizar as penas e realmente punir aqueles que de fato sujam e denigram a imagem do futebol é que as coisas vão começar a mudar", completou.

    Além dessa medida, válida até 31 de dezembro deste ano, outras duas ações foram anunciadas pelo governo: os clubes não poderão mais entregar ingressos separadamente para as organizadas e elas estarão proibidas de levar adereços que as identifiquem para os estádios, como camisetas, bandeiras, faixas e instrumentos musicais com os seus símbolos -camisas de clubes não estão proibidas.

    Participaram da reunião representantes da Federação Paulista de Futebol (FPF), do Ministério Público, do Poder Judiciário, da Polícia Militar e da Polícia Civil.

    Já as três das principais torcidas organizadas do Estado de São Paulo (Gaviões da Fiel, Mancha Alvi Verde e Independente) lamentaram a decisão do governo.

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