Menos de quatro meses no São Paulo e uma marca para ficar na história. Na goleada por 6 a 0 contra o Trujillanos nesta terça (5), o atacante Jonathan Calleri,23, marcou quatro gols e tornou-se o primeiro jogador do time tricolor a alcançar esse feito na história do clube na Libertadores, ultrapassando os três tentos dos ídolos Pedro Rocha, em 1974, contra o Jorge Wilstermann (BOL), e Palhinha, contra o San José (BOL), em 1992.

A marca não é inédita apenas para o clube, mas também para o atacante. "Nunca marquei quatro gols. É a primeira vez", disse o argentino após a partida. O atacante não havia marcado sequer três gols em um jogo na sua carreira.

Satisfeito com o resultado, Calleri mostrou humildade, admitiu que o São Paulo tem apresentado um mau futebol durante a temporada, e deu créditos aos companheiros.

"Não me preocupo com isso [recordes]. Me preocupo em jogar bem. Se o grupo estiver bem, estarei bem. Se a equipe anda mal, não vou fazer gols. Grande parte disso é da equipe, dos meus companheiros e, na verdade, agradeço a todos pelo apoio e por tratar de me ajudar a marcar", afirmou.

"Sabemos que estávamos em falta, que às vezes a equipe não joga bem. Queremos dar para a torcida o que eles vem ver. Hoje viram um grande espetáculo, uma grande partida. Ganhamos bem, e serve como um empurrão para tratar de passar da fase de grupos".

Calleri também respondeu a questões sobre a expectativa para o jogo desta quarta (6), entre River Plate (ARG) e The Strongest (BOL). Os bolivianos lideram o Grupo 1 com sete pontos, à frente do São Paulo, que assumiu temporariamente a vice-liderança, com cinco pontos, e do River, que está em terceiro lugar por causa do saldo de gols (5 a 4).

"A torcida tem que torcer pelo São Paulo. O São Paulo tem que ganhar. Se não ganharmos do River [na semana que vem, no Morumbi] e em La Paz [na Bolívia, contra o The Strongest], não serve de nada o resultado de amanhã [quarta-feira]. Por enquanto só nos resta ganhar, somar os seis pontos e logo veremos o que acontece", explicou.